sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O outro lado Hospital nega fraude e alega sofrer "perseguição por bom trabalho"


Diretor admitiu ontem a possibilidade de recorrer à Justiça para garantir o atendimento aos pacientes do SUS
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Erick Paiatto

Álvaro e Flávio Isaías afirmaram ontem que não há provas de irregularidades contra o hospital e que poderão recorrer à Justiça
O diretor administrativo do Hospital do Câncer "Dr. Flávio Isaías Rodrigues", Álvaro Otávio Isaías Rodrigues, admitiu ontem a possibilidade de recorrer à Justiça para garantir o atendimento os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Ontem, em entrevista no hospital, criado a partir do Centro Oncológico com mais de 30 anos na cidade, ele e o pai, o médico oncologista Flávio Isaías Rodrigues, negaram as acusações feitas pela Secretaria de Estado da Saúde, classificadas por eles como "perseguição ao bom trabalho desenvolvido". 
"Tudo o que estão dizendo aí é mentira. Não tem nada de R$ 20 milhões de fraude. Mesmo porque, nos últimos dois anos, nosso faturamento não atingiu a R$ 18 milhões", rebateu Flávio Isaías, fundador do hospital. 
"Seria preciso todo nosso atendimento em dois anos para atingir essa cifra. O que é absurdo", reforçou Álvaro. Eles disseram que foram informados das irregularidades pelo jornal Folha de S. Paulo e desconhecem a origem do valor citado pela Secretaria de Estado na reportagem. "Foi uma surpresa, porque o relatório preliminar que temos de 29 de dezembro apresenta alguns questionamentos e que foram respondidos um a um. Aliás, há quatro casos apontados de pacientes particulares, mas que são erros burocráticos, como, por exemplo, colocar um recibo de paciente em prontuário de outro, um caso estético e casos de cirurgia que o convênio não cobria. Nada foi cobrado em duplicidade. Aliás, no relatório, os técnicos citam artigos de situações farmacêuticas e desconhecem artigos do Inca, entre outros. Tecnicamente, não há provas de irregularidades", disse. Segundo os responsáveis pelo hospital, existem 3 mil prontuários, mas apenas 103 foram analisados. "Queriam achar pelo em ovo". O Centro Oncológico é credenciado ao SUS desde 1982.


Fonte:Mogi News