sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Mobilização Políticos pressionam a favor do hospital


Daniel Carvalho

Prado reunirá bancada
A ameaça do governo do Estado de suspender o contrato com o Hospital do Câncer "Dr. Flávio Isaías" para atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e pedir o descredenciamento da instituição privada no Ministério da Saúde provocou a revolta de diversos políticos que representam o município, além do Alto Tietê, em nível estadual e federal. Para eles, as denúncias de fraudes, que podem chegar a R$ 20 milhões, entre outras irregularidades, foram recebidas com surpresa. A reação comum de todos os políticos, em especial os que estiveram com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) em solenidades em Arujá e Salesópolis, foi de pedir a intervenção junto ao secretário de Saúde Giovanni Cerri para a revisão da denúncia e manutenção do serviço no hospital mogiano. "É uma denúncia muito grave e que precisa ser apurada com cuidado porque deve ter muitos interesses em jogo. Digo isso porque não é de hoje que o doutor Flávio Isaías pede minha ajuda para conseguir ampliar o teto de atendimento no hospital e garantir melhor atendimento aos pacientes do Alto Tietê. Para mim, isso é perseguição da Secretaria de Saúde com o hospital de Mogi", declarou o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR). O parlamentar prometeu conversar ainda ontem com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Vou pedir para ele rever essa decisão", disse. 
Os deputados estaduais André do Prado (PR) e Luiz Carlos Gondim Teixeira (PPS) também prometeram mobilizar a Assembleia Legislativa em favor do hospital mogiano. "Vamos reunir toda a bancada do Alto Tietê para seguir em audiência com o secretário da Saúde, Giovanni Cerri, para evitar mais transtornos aos pacientes do Alto Tietê", disse Prado. 
O prefeito de Mogi, Marco Aurélio Bertaiolli (PSD), também disse ter recebido com surpresa a notícia e está preocupado com os possíveis reflexos na saúde dos pacientes, caso a ameaça do governo do Estado se concretize. 
"O contrato entre o Hospital do Câncer e a Secretaria de Estado da Saúde é algo que não posso discutir porque se trata de uma relação comercial entre instituição privada e governo para uma prestação de serviços. Entretanto, particularmente, não acredito que essas fraudes, conforme matéria da Imprensa paulistana, sejam verídicas. Confio e acredito na idoneidade do doutor Flávio Isaías à frente do Hospital do Câncer e repudio a decisão prematura de pedir o descredenciamento do hospital", disse Bertaiolli.


O prefeito mogiano prometeu insistir ao governo do Estado para rever a postura de denúncia e de cancelamento de contrato do SUS e manter o tratamento para pacientes de Mogi na cidade. "Já conversei com o assessor direto do secretário (Giovanni Cerri), que prometeu agendar uma audiência urgente. É um encontro que deverá reunir deputados e vereadores e que deverá apontar uma solução porque é inconcebível e não vou permitir que pacientes de Mogi sigam para atendimento em São Paulo. É uma decisão prematura, mas se o governo do Estado insistir no descredenciamento terá de apontar um hospital em Mogi para prestar o mesmo serviço". (N.A.)


Fonte:Mogi News