sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Dificuldade Usuária de crack quer se tratar

Adriano Vaccari

Jovem quer abandonar o vício, mas tem dificuldade para se tratar
"Sou usuária de crack há dois anos e de cocaína há três. Estou disposta a me tratar, porém, não encontro um lugar que me aceite e me cure desta doença", contou R.G.V., 20 anos. A jovem mogiana é uma das muitas "vítimas" da falta de clínicas especializadas no tratamento de dependentes químicos em Mogi e região. O governo estadual já prometeu instalar um centro de tratamento para esta população em Mogi, no entanto, após o secretário de Estado da Saúde assinar um protocolo de intenções, nada saiu do papel. 
O resultado da morosidade em arcar com compromissos já firmados é a repetição de episódios como o da mogiana que contou com a ajuda da advogada Roseli Campos para iniciar a difícil batalha contra a droga que mais mata no País. Foi Roseli quem entrou em contato com o Mogi News após não encontrar nenhum local que atendesse a usuária. "Busquei o Projeto Vida (iniciativa subsidiada pela Prefeitura), mas só há vagas para homens", contou a advogada. A jovem está há dois dias no escritório da advogada e só volta para casa durante a noite. 
"Decidi buscar ajuda porque percebi que não fazia mais parte da sociedade. Cheguei ao ponto de roubar para manter meu vício. Vendi minhas coisas. Perdi meu emprego de promotora de vendas, parei de estudar e só não fiz mais besteiras porque minha mãe sempre me ajudou", contou. "O acesso a droga é muito fácil. Uma pedra de crack custa R$ 10. Comecei a usar pela curiosidade, mas pouco tempo depois, era dependente", contou R.G.V.


O secretário municipal de Saúde, Paulo Villas Bôas de Carvalho, informou que "apesar da cidade não contar com centro de reabilitação, a secretaria irá buscar meios para que esta paciente possa conseguir o tratamento necessário." (C.L.)


Fonte:Mogi News