Willian Almeida
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
Hospital Ipiranga disse, em resposta, que fez tudo o que podia no atendimento ao paciente
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) vai abrir uma sindicância para apurar o atendimento prestado pelo Hospital Ipiranga ao editor-chefe do Grupo Mogi News, Márcio Siqueira. A investigação sobre a demora da unidade hospitalar e pelo convênio Amil Assistência Médica deve estar aberta oficialmente até o fim da próxima semana.
Na edição de ontem, o Mogi News denunciou de Siqueira passou seis dias internado no local sem conseguir realizar uma ressonância magnética ou obter vaga em um hospital de São Paulo com estrutura para o exame.
Mais detalhes sobre o andamento da sindicância do Cremesp só poderão ser conhecidos quando as investigações estiverem abertas oficialmente. O prazo para conclusão também dependerá do tipo de sindicância que for aberta. Apesar disso, o Cremesp leva, em média, 180 dias para avaliar denúncias como as que envolveram o atendimento prestado ao jornalista, que ficou no hospital uma semana.
Desde a madrugada de ontem ele está sendo tratado no Hospital Paulistano por meio do convênio. De acordo com as informações médicas divulgadas à família durante o dia, o quadro de Siqueira segue estável. Ele continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) realizando exames. Os médicos estão avaliando a necessidade de uma nova intervenção cirúrgica. A definição sobre o procedimento cirúrgico só sairá após o recebimento dos resultados destes exames. De acordo com a família, Siqueira estava bem na tarde de ontem. Estava consciente e conversando normalmente sobre, inclusive, o andamento do jornal.
A ressonância magnética, fundamental para o diagnóstico do estado de saúde, só foi realizada na noite da última quarta-feira em uma clínica médica de Mogi. Após a chegada no Paulistano, os médicos resolveram repetir todos os exames que já haviam sido realizados. Após dias indo ao Hospital Ipiranga se queixando de dores, Siqueira foi internado há uma semana, quando a equipe médica realizou uma drenagem de liquor na cabeça do jornalista, diagnosticado com hidrocefalia.
Na tarde de ontem, a diretoria do hospital divulgou uma nota oficial sobre a denúncia apontada pelo Mogi News. "Em resposta ao jornal Mogi News, o Hospital e Maternidade Ipiranga afirma que os esforços da equipe multiprofissional tiveram como objetivo atender ao paciente Márcio Siqueira em todas as suas necessidades, desde que este foi internado na instituição, em 22/07. Todos os procedimentos adotados seguiram protocolos de qualidade e segurança do paciente. As alegações de negligência são infundadas, pois a conduta médica foi irrepreensível na solução do quadro emergencial que colocava em risco a vida do sr. Márcio Siqueira. Dessa forma, tudo foi conduzido em tempo hábil, inclusive o exame de ressonância magnética".
No documento, a diretoria ainda reiterou o compromisso com os pacientes e afirmou que a unidade tem como premissa "a manutenção da qualidade dos seus serviços e o respeito ao paciente". A Amil não se posicionou sobre o caso até a conclusão desta reportagem, embora tenha sido procurada.
Fonte:Mogi News
