quinta-feira, 7 de julho de 2011

Crise em Ministério: Governo federal mantém plano de construção de viadutos em Mogi

Obras em Mogi não serão afetadas pela decisão da presidente Dilma Rousseff de suspender licitações
Willian Almeida
Da Reportagem Local
Divulgação
Um dos viadutos esperados pela população será construído na Vila Industrial, como mostra projeção
As obras dos viadutos de transposição da linha férrea de Mogi das Cruzes, em Jundiapeba e na Vila Industrial, não serão afetadas pela crise no Ministério dos Transportes e a determinação da presidente Dilma Rousseff (PT) de suspender por 30 dias todos os procedimentos licitatórios de projetos, obras e serviços de engenharia em curso pelo Departamento Nacional de Insfraestrutura de Transportes (Dnit). A garantia de que não haverá prejuízo ao investimento de R$ 48 milhões foi dada pela Assessoria de imprensa do próprio ministério, na manhã de ontem.

À Prefeitura de Mogi também não chegou nenhum documento informando sobre possíveis atrasos ou paralisações nas obras, de acordo com a Coordenadoria de Comunicação. A administração municipal acredita que como o contrato da obra já foi assinado e o depósito dos R$ 48 milhões realizado pelo consórcio SPA-Tejofran-Convap, vencedor do processo licitatório, os trabalhos devem seguir o curso normal. A expectativa do Executivo municipal é inaugurar os dois viadutos em até 24 meses.

As dúvidas sobre a concretização das obras tiveram início quando um suposto esquema de corrupção no Ministério dos Transportes foi denunciado pela revista Veja. Isso provocou o afastamento temporário do diretor-geral do Dnit, órgão responsável pela obra, Luiz Antonio Pagot, que esteve em Mogi para assinar o contrato com a Prefeitura e garantir o custeio com as desapropriações de até 57 famílias.

As obras vão começar em Jundiapeba. O viaduto no distrito será a principal ligação viária entre Mogi das Cruzes e Suzano, servirá como acesso ao trecho leste do Rodoanel Mário Covas e vai ligar a avenida Lourenço de Souza Franco com a rua Kátia Oliveira à avenida Guilherme Georgi, na parte baixa da linha do trem, no sentido Brás Cubas-Jundiapeba. A obra de arte terá 335 metros e os acessos da Lourenço de Souza Franco e da Guilherme Georgi, 430 e 580 metros, respectivamente. A largura total será de 19 metros, dos quais dois servirão aos pedestres. A altura será de dez metros.

O segundo viaduto vai ligar a avenida Cavalheiro Nami Jafet à rua Professor Flaviano de Melo, no centro de Mogi. Menor, terá 280 metros, com acessos de 480 metros e 520 metros para cada respectiva via. A largura e a altura são as mesmas.


Para lembrar
No dia 23 de maio, em solenidade em Mogi, foi assinado o contrato para o início dos viadutos, o que já autoriza o consórcio de empreiteiras a montar o canteiro de obras. Conforme as expectativas, em dois anos, as estruturas, transpondo os trilhos da CPTM, já deverão estar prontas, acabando assim com as passagens em nível. 
A solenidade de assinatura contou com a presença do prefeito Marco Bertaiolli (DEM), do deputado federal Valdemar Costa Neto (PR) e do diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot. 
"Este é um momento histórico para Mogi das Cruzes, uma cidade que hoje é dividida pela linha férrea. Os dois viadutos marcarão a transposição entre as duas metades de Mogi e podemos afirmar que um novo município nascerá a partir destas obras", afirmou Bertaiolli, na época. Em seu pronunciamento, o deputado Costa Neto, agora alvo de denúncia de suposto esquema de superfaturamento em obras tocadas pelo Ministério dos Transportes (comandado pelo PR de Boy), disse que o governo federal tem feito importantes investimentos em Mogi das Cruzes desde o início dos anos 2000 e lembrou que a construção dos dois viadutos é mais um capítulo deste bom relacionamento.

Fonte:Mogi News