sábado, 9 de abril de 2011


A Frente Parlamentar do Alto Tietê composta pelos deputados estaduais André do Prado (PR), Luiz Carlos Gondim Teixeira (PPS), Estevam Galvão de Oliveira (DEM), Heroílma Soares Tavares (PTB), José Cândido (PT) e o representante de Guarulhos, Alencar Santana (PT), deve colocar na pauta de discussões as falhas na segurança das escolas, denunciadas pela população e autoridades de Mogi das Cruzes, em virtude do massacre ocorrido, anteontem, na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Bairro de Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Segundo Prado, a ideia é levantar informações sobre o assunto e, futuramente, exigir ações do Governo do Estado para que este tipo de crime não se repita. "Estamos, ainda, estarrecidos com o que aconteceu na escola do Rio de Janeiro e nos perguntamos como é que um ser humano pode fazer uma barbaridade dessas. A facilidade com que o assassino entrou no estabelecimento de ensino nos serve de alerta e é nossa intenção debater o tema e cobrar um posicionamento do Estado quanto a providências para melhorar a segurança nas escolas", salientou o deputado.
Ele disse, ainda, que na próxima terça-feira, às 9 horas, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) estará em Arujá para o lançamento de uma obra de esgotamento sanitário da Companhia de Abastecimento do Estado de São Paulo (Sabesp) e que, na ocasião, os deputados poderão abordar a questão da segurança. "É claro que não vamos a fundo neste assunto durante o evento, mas pretendo conversar com ele e explicar que queremos fazer este trabalho, em longo prazo, visando minimizar as falhas dos estabelecimentos de ensino, apontadas pela sociedade", explicou o deputado.
Repercussão
O caso do Rio não sai das rodinhas de conversa dos alunos da Cidade, segundo o professor Rafael Puertas de Miranda, 30 anos, que leciona nas redes estadual e particular de ensino. Ele conta, ainda, que já viveu situações de potencial risco em unidade educacionais.
"Ficamos todos chocados com a tragédia da escola do Rio e as conversas dos alunos são só sobre isso. A gente não imagina que uma coisa dessas possa acontecer, mesmo porque não era um tipo de crime que ocorria no País. Porém, já vivi algumas situações em que estranhos entraram nos colégios, sem critério algum. Em 2007, um rapaz chegou a ter acesso às escolas da Cidade dizendo que seria membro da ONG WWF, dedicada à preservação da natureza. Ele entrava nas salas de aula e distribuía sementes para que os alunos plantassem. Como eu tinha amigos nessa ONG, comecei a desconfiar. O que ele queria, na verdade, era fazer uma mala direta dos estudantes porque pedia o telefone do pai e da mãe, a hora que o pai trabalhava e não se sabia o destino dessas informações. Acabei fazendo uma denúncia, por escrito, à Diretoria de Ensino de Mogi, e ele não voltou mais", comentou o professor.

Fonte:Diário de Mogi