domingo, 27 de março de 2011

Muito mais que aliados políticos, Junji Abe e Aroldo Saraiva

Muito mais que aliados políticos, Junji Abe e Aroldo Saraiva dividiram tarefas, iniciativas e realizações, boas ou nem tanto, durante os oito anos em que estiveram juntos na Prefeitura de Mogi das Cruzes. Os dois se entendiam às mil maravilhas, formando uma dupla quase perfeita. Enquanto Junji cuidava dos assuntos de gabinete, Aroldo era quem resolvia sobre obras, decidia o que e como seria executado cada projeto, muitos dos quais, saídos de sua mente pródiga, quase sempre para serem executados a toque de caixa e inaugurados o mais rápido possível. Foi assim, principalmente, no último período de governo, quando o estilo intempestivo de Aroldo acabou resultando em alguns desastres administrativos que Junji ainda tem dificuldades para superar. Nada disso parecia abalar a amizade entre os dois, que só foi estremecer mais profundamente após as recentes eleições. Junji e Aroldo se desentenderam logo depois do pleito em que o candidato a deputado federal pelo DEM viveu horas de intensa angústia durante as apurações, temendo pela derrota que só não se confirmou ao final da contagem dos votos. Mais do que se eleger, Junji terminou entre os cinco mais votados de sua legenda. A comemoração pela vitória, entretanto, não conseguiu apagar uma nesga de decepção do eleito com seu assessor de confiança que, durante toda a campanha, teria feito ouvidos de mercador para os alertas do candidato a exigir maior atenção para o trabalho eleitoral em Mogi. Nessas oportunidades era sempre tranquilizado de que a situação estava "sob controle". Não estava. Tanto que em lugar dos 100 mil votos esperados na Cidade, vieram cerca de 60 mil. Segundo apurou a coluna, baixada a poeira do pleito, os dois discutiram e acabaram se distanciando um do outro. E enquanto Junji adotou um ritmo vertiginoso de atuação como deputado federal, Aroldo ainda descansa dos oito anos de Prefeitura, prometendo a pessoas mais próximas que pretende retomar a rotina de professor universitário. Até agora, segundo amigos comuns, o mal-estar entre ambos persiste e os dois ainda não reataram a antiga amizade. O que não significa, entretanto, que tal fato não possa ocorrer a qualquer momento. Até lá, vale esperar para conferir.

Fonte:O Diário de Mogi