segunda-feira, 22 de junho de 2020

Educação: Maioria dos pais é favorável ao retorno das aulas presenciais

Donos de escolas e diretores concordam com responsáveis, mas seguirão orientações das autoridades em Saúde
Proprietários e diretores de escolas particulares do Alto Tietê apontaram que a maioria dos pais quer que os filhos retornem às aulas presenciais ainda neste ano. A Secretaria de Estado de Educação ainda planeja possíveis diretrizes e deve anunciar uma preparação na próxima semana, para que o retorno aos estudos presenciais ocorra seguindo todas as definições do Centro de Contingência do Coronavírus.
Para se preparar ao possível retorno das atividades presenciais, as instituições de ensino privadas já estão se movimentando para trazer mais seguranças aos alunos, comprando Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os funcionários, álcool em gel em todos os ambientes internos, termômetros e diversos outros produtos, que estão se tornando obrigatórios em todos os lugares.
No entanto, a volta às aulas ainda está muito indefinida e continua sendo analisada pelo governo do Estado, pois os locais são considerados como fatores de risco de possíveis contaminações.
Na semana passada, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp) sugeriu que as escolas particulares poderiam retornar com as aulas durante a pandemia, seguindo diversas preparações, incluindo estratégias como distância maior entre mesas nas salas de aula e separação de alunos por grupos.
Em Mogi das Cruzes, o responsável pelo Colégio Gênesis, Wesley De Paula, acredita que desta forma apresentada pelo sindicato, as instituições privadas poderiam trabalhar de maneira segura.
"Eu acredito que dê sim para trabalhar durante este período, mas tudo depende dos governantes. Na parte dos pais, cerca de 15% ainda continua com muitas restrições em um possível retorno, outros 60% concordam em voltar e o resto ainda está em dúvida", explicou o educador.
O mantenedor do Colégio Marechal Rondon de Mogi das Cruzes e do colégio Integrado de Guararema, Pablo Monteiro, também apontou que a maioria dos pais quer que os filhos retornem aos estudos. "A estimativa é de que 70% dos pais são a favor da volta das aulas presenciais", calculou.
Monteiro também explicou que a escola está em um processo de migração do on-line para o presencial, comprando todos os equipamentos de segurança, contando que pelo menos em agosto as aulas possam retornar com as medidas certas de proteção.
*Texto supervisionado pelo editor.

Para De Paula, tudo depende dos governantes

Segurança dos filhos em primeiro lugar
A opinião da maioria dos pais entrevistados pela reportagem é pelo retorno das aulas. A divergência entre os responsáveis está na forma como isso deve ocorrer, principalmente sobre as precauções de higiene e segurança nas escolas
A opinião da maioria dos pais entrevistados pela reportagem é pelo retorno das aulas. A divergência entre os responsáveis está na forma como isso deve ocorrer, principalmente sobre as precauções de higiene e segurança nas escolas. Há também o consenso de que as atividades on-line não atenderam as necessidades dos alunos e deixaram o aprendizado com ausência de conteúdos importantes na formação dos filhos.
De acordo com o administrador Ewerton Tavares Ohara, de 38 anos, e pai de Bernardo, 14, o principal fator é a segurança do filho, que pode ou não ser comprometida com a volta às aulas. "Eu sou a favor do retorno, mas de forma gradativa e com todos os equipamentos necessários, além também do trabalho psicológico que eles precisam ter com os alunos também", disse.
A comerciante Andreia Oliveira, 39, mãe de Arthur, 7, também é favorável ao retorno presencial com segurança, pois segundo ela, o sistema a distância de estudos não funciona de forma correta. "Eu entendo toda a situação que estamos, mas os alunos estão saindo lesados nessas aulas on-line, os professores fingem que ensinam e os alunos fingem que aprendem", resumiu.
Já a farmacêutica esteta, Priscila Correia Machado, 41, mãe de Beatriz, 9, não concorda com a volta tão cedo das aulas presenciais. Segundo ela, agora não é momento de pensar em retorno. "Não quero colocar em risco minha filha, o que me preocupa é que nós estamos no inverno, tempo em que a proliferação do vírus pode aumentar", alertou Priscila. (N.T.)

Fonte:Mogi News