sábado, 11 de maio de 2019

'É um doente', diz Lula sobre Bolsonaro, em entrevista à tevê britânica

Na entrevista, exibida na noite de sexta-feira pela rede BBC, Lula foi extremamente crítico à política armamentista desenvolvida por Bolsonaro
CB Correio Braziliense
postado em 11/05/2019 09:39

(foto: Miguel Schincariol/AFP)
Em entrevista exibida na noite de sexta-feira (10/5) na televisão britânica, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a fazer duras críticas ao atual ocupante do Planalto, Jair Bolsonaro, a quem classificou como "doente", devido à política armamentista que vem sendo implementada.

"Ele defende barbaramente um estado armado, um estado policialesco. Você não vê cidadão fazer um gesto, a não ser o gesto de atirar. Ele, na cabeça dele, acha que arma resolve o problema de todo mundo. Ele acaba de autorizar que fazendeiro utilize arma e pode atirar em quem quiser. É um doente. Acha que o problema do Brasil se resolve com arma", disse Lula ao jornalista Kennedy Alencar, que realizou a entrevista para a rede de tevê BBC. "O problema do Brasil se resolve com livro, com escola", completou (leia aqui a íntegra das declarações de Lula).

Início desastroso
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Para Lula, que cumpre pena na sede da Polícia Federal em Curitiba, o início do governo Bolsonaro tem sido desastroso. "Eu acho que ele tem um início de mandado extremamente desastroso. A impressão que eu tenho é que ele não sabe lé com cré", disse, antes de questionar a interferência dos filhos de Bolsonaro nos assuntos de governo. "Ele corre atrás do filho para apagar um incêndio todo dia. Eu, sinceramente, não sei como funciona a família. Mas o que se apresenta publicamente é um negócio incontrolável." 

Por fim, o petista disse torcer, para o bem do Brasil, que Bolsonaro "aprenda". "Se o Brasil quiser ser respeitado, o Brasil precisa cuidar de si. Não é com discurso, é com prática. Então, o seu Bolsonaro deveria, em vez de ficar falando bobagem, falar o seguinte: 'Eu vou terminar esse mandato aqui sendo melhor que o Lula. Eu vou fazer mais universidade, eu vou investir mais em ciência e tecnologia, eu vou colocar mais criança na escola, eu vou fazer mais casa'."

Fonte:Correio Braziliense