terça-feira, 19 de março de 2019

INVESTIGAÇÃO: Polícia diz que 3º suspeito de massacre em escola é mentor intelectual do crime

3 horas atrás2 min. - Tempo de leitura
Fabio Palodette
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Policiais em frente a escola Professor Raul Brasil (Foto: Divulgação)
A polícia apreendeu nesta terça-feira (19) um menor de idade suspeito de ter participado da organização do atentado na Escola Estadual Raul Brasil,  na cidade de Suzano. Ele estava em casa quando foi apreendido. De lá, seguiu para o Instituto Médico Legal, onde passou por exames e foi encaminhado ao Fórum de Suzano. O adolescente foi acompanhado dos pais e pelo advogado Marcelo Feller. Segundo o Tribunal de Justiça (TJ), a audiência determinou a internação provisória do menor, por 45 dias na Fundação Casa. A unidade em que o adolescente ficará internado não foi divulgada.

O menor chegou a se apresentar à justiça um dia após o massacre, na quinta-feira (14). Ele negou a participação e foi liberado. Nesta segunda-feira (18), a Polícia apresentou ao Ministério Público um relatório com os resultados das buscas feitas do suspeito. A Polícia Civil apresentou à Justiça um documento com 13 tópicos que reforçam a participação do adolescente no planejamento do crime, e informou que foram encontradas conversas que deixam clara a participação do menor no planejamento do massacre.

Uma das novas evidências é o depoimento de uma professora que afirma que, no início do mês, durante uma dinâmica de grupo em sala sobre expectativa de futuro, “ele respondeu que seu maior sonho era entrar em uma escola, armado, e atirar em várias pessoas aleatoriamente”. Outras pessoas foram ouvidas. Em outro depoimento, um amigo do suspeito afirmou que ele havia dito que tinha planejado o crime com um dos assassinos, mas que não sabia quando seria executado.

“Ele é uma pessoa fria, com toda a certeza”, afirmou o delegado Alexandre Dias. Ele afirmou que, as investigações indicam que o rapaz é um dos mentores do massacre junto do adolescente Guilherme Taucci, de 17 anos. “Ele foi mentor intelectual, comprou objetos que poderiam fazer ele participar do delito e teve participação junto dos autores na compra desses objetos.”

O promotor  Rafael Ribeiro do Val, responsável pelo caso, afirmou que Ministério Público investiga pessoas que tenham exaltado o atentado em Suzano pela internet. “Aqueles que tem exaltado atentados como em Columbine (EUA) e em Suzano estão sendo monitorados e serão responsabilizados, pois exaltação de um crime de forma pública é um crime”, afirmou.

Fonte:O Diário de Mogi