segunda-feira, 9 de outubro de 2017

CIDADES: Grupo de Mogi teme que obras no Taboão seja retomada do projeto do aterro sanitário

 6 de outubro de 2017  Cidades, QUADRO DESTAQUE  
Terreno antigamente foi cotado para receber o aterro. (foto: Divulgação)
Terreno antigamente foi cotado para receber o aterro. (foto: Divulgação)

NATAN LIRA
Uma equipe da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente deve verificar, in loco, a denúncia sobre uma obra no Distrito do Taboão, área cotada no passado para receber um aterro sanitário em Mogi. As informações são do titular da Pasta, Daniel Teixeira de Lima. Na última quinta-feira, um grupo formado por representantes de 15 entidades da Cidade se reuniu após a notícia da movimentação de terra naquela área e da possível falta de licenças ambientais.

Segundo o líder comunitário Silvio Marques, a população daquela região ficou preocupada com a movimentação durante a madrugada e teme que seja a retomada do projeto do aterro. “Os moradores do entorno foram atrás dos funcionários que estão trabalhando lá e eles disseram que no local será um porto de areia e extração de minério, mas isso é o que eles inventaram para os trabalhadores. Temos fotos que fizemos de lá e é grande a movimentação de terra” enfatiza Silvio.


Para o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mogi, José Antônio da Costa, é de se estranhar uma obra feita durante a madrugada. No entanto, segundo ele, ainda é cedo para falar em aterro sanitário. “Nós vamos encaminhar um requerimento à Prefeitura e à Cetesb solicitando informações sobre a obra naquele local”, disse.

Segundo Marques, ele conversou com o vice-prefeito Juliano Abe (PSD) sobre o assunto e fez um requerimento. “Isso aconteceu há mais de uma semana e até agora a Prefeitura ainda não nos respondeu”, reclama ele, que enviou foto a O Diário mostrando a movimentação na área há um mês.

O secretário da Pasta confirmou ter recebido o documento no final da tarde da última quarta-feira e disse que tem até 30 dias para responder. “Evidentemente, vamos dar uma resposta antes disso. Na semana que vem um técnico vai até lá”, afirmou.

Teixeira disse que seguirá todos os protocolos para descobrir ao que se deve a possível movimentação no local e que pedirá, ainda, informações da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) se existe algum pedido de licença requerido para o local. “Nós estamos estudando alternativa tecnológica para o lixo e pensando de forma regional. Das 11 cidades, cinco ainda não tinham um plano de resíduos. A gente entende que esta tecnologia tem que ser para todos os municípios da Região. Temos quase 3 milhões de habitantes, são quase três milhões de toneladas de lixo diário e estamos pensando no que fazer para resolver o problema ecologicamente”, enfatizou.

Fonte:O Diário de Mogi