quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Lixo: Mogi quer criar sistema de monitoramento de caçambas

Controle criado na capital consiste em receber guias diárias emitidas pelas empresas que prestam este serviço
Foto: Mogi News


Segundo o secretário de Verde e Meio Ambiente, Teixeira de Lima, Mogi tem 80 áreas de descarte irregular
A Prefeitura de Mogi das Cruzes quer implantar um sistema eletrônico para monitoramento das caçambas que recolhem resíduos de construção civil. O modelo é o mesmo adotado pela administração municipal de São Paulo. Ainda não existe uma previsão para que o programa seja instalado no município, mas a expectativa é de que a fiscalização evite o descarte irregular de entulho e diminua os atuais pontos de descartes.
O sistema de controle criado na capital consiste em receber guias diárias emitidas pelas empresas que prestam o serviço de caçamba. Com essas informações, a Prefeitura de São Paulo consegue rastrear desde o recolhimento do entulho até a destinação final do resíduo, que deve ser realizada em aterros licenciados. O sistema foi apresentado pelo vice-prefeito paulistano e secretário das subprefeituras, Bruno Covas (PSDB), ao prefeito Marcus Melo (PSDB) e secretário de Verde e Meio Ambiente, Daniel Teixeira, na terça-feira. O projeto será disponibilizado gratuitamente para Mogi. O próximo passo será a visita de técnicos paulistanos na cidade para apresentar a operação do sistema.
De acordo com Teixeira, atualmente, Mogi conta com 80 áreas de descarte irregular de entulho. A ideia é que o sistema de monitoramento ajude a reduzir esse índice. "É uma maneira de profissionalizarmos o serviço. As empresas que atuam corretamente não têm motivos para se preocupar. Temos o exemplo do Ecoponto de Jundiapeba, que em um mês recebeu 80 toneladas de entulho. Esses resíduos provavelmente seriam descartados na rua", avaliou.
Teixeira informou que São Paulo já tem colhido resultados com a implantação do sistema. "A cidade conta com 3.300 pontos de descarte e somente 72 mil toneladas de entulho iam para o aterro. Em três meses do sistema, a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), empresa que cuida da limpeza, monitorou um descarte de 2 milhões de toneladas em aterros licenciados", destacou.
Segundo o secretário, é preciso conhecer de perto o sistema para fazer os ajustes necessários para sua implantação em Mogi. Uma das etapas seria cadastrar as empresas que atualmente desenvolvem o serviço de caçamba no município. Ainda não é possível saber se será necessária a criação de uma legislação específica para o monitoramento.

Fonte:Mogi News