quarta-feira, 12 de julho de 2017

Transtorno mental: Comerciantes se preocupam com estado de moradora de rua

Para lojistas, mulher que perambula pelo Largo 1º de Setembro vive em condições insalubres e precisa de ajuda
A constante presença de pessoas em situação de rua nas proximidades do Largo 1º de Setembro, em Mogi das Cruzes, é alvo de queixas de comerciantes locais. A maior preocupação dos reclamantes, no entanto, é justamente com o estado de saúde de uma andarilha, que aparentemente não possui discernimento para buscar ou aceitar auxílio.
A moradora em questão é identificada como "Vilma" e há anos perambula pela área central, tendo a praça como "sua casa". No entanto, segundo relatos dos entrevistados pelo Grupo Mogi News de Comunicação, a mulher possui algum tipo de transtorno mental.
"Ela vive constantemente sem as calças, defeca nas ruas e dorme nas calçadas. No mês passado, o Samu foi chamado para socorrê-la, pois estava deitada na via em coma alcoólico e corria o risco de ser atropelada. No entanto, depois disso ela voltou para as ruas. Acredito que neste caso ela necessita não de um acolhimento comum, mas de um atendimento voltado a pessoas com transtornos mentais", disse a microempresária Sandra Regina Pereira.
O mesmo posicionamento é compartilhado pelo comerciante Gilson Moreira, que também atua nas proximidades do Largo 1º de setembro. "A presença dos moradores atrapalha um pouco porque às vezes a gente tem que deixar o cliente esperando para poder levá-los para fora da loja. Mas, no caso da Vilma, a nossa preocupação é com ela mesmo, que visivelmente não possui nenhuma consciência do que está fazendo, vive sofrendo acidentes. É uma situação muito triste", comentou.
Já Rose Cotrim, proprietária de um estabelecimento localizado na rua 1º de Setembro, chama a atenção para o crescente número de pessoas em situação de rua naquela região. "O que a gente tem observado é que cada vez mais aparece mais gente. Muitos são usuários de droga que se passam por moradores. A Prefeitura até vem e oferece abrigo, mas eles não vão. Eles preferem ficar nas ruas mesmo", concluiu.
Prefeitura
A administração municipal se posicionou em relação à situação da moradora de rua. Segundo a Prefeitura, a senhora Vilma é assistida pela Rede Socioassistencial há mais de 10 anos e tem uma vaga fixa na entidade de acolhimento parceira e respaldo de atendimento em saúde mental - ela já esteve internada por pelo menos quatro vezes na ala psiquiátrica do Hospital Luzia de Pinho Melo e realizou acompanhamento no Caps II, tendo apresentado visível melhora. Ainda segundo a Prefeitura, diariamente, a equipe de abordagem investe em novas tentativas de acolhimento e encaminhamento para os cuidados necessários, inclusive de saúde, visando sua reinserção e reabilitação.

Há anos, mulher tem a praça como sua casa
Moreira: 'Ela não tem consciência do que faz'.

Fonte: Mogi News