domingo, 16 de julho de 2017

Engenheiro de Mogi aprimora modelo de impressão em 3D

Claudia Irente:
Empreendedorismo

Equipamento imprime qualquer desenho em 3 dimensões, por camadas, de forma personalizada e customizada
Bruno Mariano Bartos, formado em Engenharia Mecatrônica pela Universidade Braz Cubas (UBC), com pós-graduação em Engenharia Clínica pelo Albert Einstein, em São Paulo, desenvolveu sua própria impressora 3D. Ele afirmou ter criado a máquina sozinho e ter levado oito meses, desde o teste do protótipo até seu aperfeiçoamento e montagem final. "A impressora 3D já foi inventada, então, o que foi criado é um modelo próprio, customizado e com diferenciais tecnológicos que não se encontra em outras máquinas do tipo comercializadas no Brasil", explicou o jovem empreendedor.
CEO da Bartos Soluções em Tecnologia e especialista em eletrônica com foco em Internet of Things (IoT) ou "Internet das Coisas", ele atuou ainda no desenvolvimento e validação da câmara hiperbárica da Ecotec (no projeto do produto utilizado na área médica) e do Volt Mínimo, que é uma peça criada para  fazer uma espécie de ensaio no transformador de alta tensão da Bandeirante Energia, por exemplo, que é uma de suas clientes. "Depois que desenvolvi a impressora 3D, criei vários produtos através dela, como teste, mas, a criação de um suporte de apoio de pé (acessório de piscinas em competições) para largada do nado costa e a Webcron, que é um aparelho para cronometragem de natação, são os principais destaques", diz Bartos.
Mas, a gama de produtos que podem ser criados com a impressora 3D é muito mais ampla. Vão desde reproduções de órgãos do corpo humano, como um coração, até acessórios de utilidade doméstica ou decorativos, como porta-objetos, case para tablets, capas para celular, suporte para porções de batata frita personalizados e exclusivos (já os fez para uma lanchonete da cidade), brindes para empresas com logotipo, quadros translúcidos (que ao serem iluminados revelam mais detalhes e nuances de cores), pequenos animais para decoração, bijuterias e muitos outros.
O processo funciona da seguinte forma: a empresa encomenda o produto, o desenho é desenvolvido, o arquivo é inserido em um cartão de memória, a impressora é ligada na tomada, sem contato por cabo com o computador (embora também tenha uma entrada USB, caso queira usar os dois equipamentos plugados, o desenho é mandado direto do computador para a impressora), é feita uma programação, inserido o fio rígido de tinta, que é derretido em um "braço mecânico" e, assim, começa a traçar os contornos do desenho. "Uma peça pequena, por exemplo, pode demorar meia hora para ser feita (a bandeja da impressora comporta várias peças menores). Já o suporte para natação que fizemos, por exemplo, demora 17 horas para ter todos os seus componentes impressos", exemplificou Bartos.
Sempre atento às inovações tecnológicas, afinal, desde os 8 anos ele auxilia o pai em uma empresa de mecânica industrial, Bartos está de olho no futuro e pretende prestar serviços de tecnologia com sua impressora 3D ou locação de equipamentos próprios, além de fornecer consultoria e manutenção a seus clientes. "Nosso foco é na IoT, pois hoje vemos que é possível utilizar o celular em muitas atividades cotidianas e até programar a abertura de portões de garagem ou até mesmo o cozimento de uma refeição à distância", comentou.
Bartos finalizou expondo sua opinião à respeito desse mercado promissor. "A tecnologia está em constante evolução, com Spotify substituindo gravadoras, Uber no lugar de táxis comuns, Netflix dominando o mercado de filmes, então, em um futuro próximo, as pessoas poderão criar e comercializar suas próprias peças personalizadas, trabalhando em casa e obtendo faturamento alto com essa atividade".

Gama de produtos que podem ser criados é grande, incluindo reproduções de órgãos do corpo humano

Bartos: 'Diferenciais que outras não têm'.

Fonte:Mogi News