quinta-feira, 25 de maio de 2017

santa casa: Chico Bezerra cobra solução definitiva para maternidade

Ampliação é necessária devido ao aumento populacional, vinda de gestantes de outras cidades, entre outros
A lotação da Maternidade da Santa Casa de Mogi das Cruzes ainda preocupa a cidade, especialmente pelo excedente de bebês na UTI Neonatal, um dos setores mais sensíveis do hospital. Para o presidente da Comissão de Saúde da Câmara, o vereador Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB), o Chico Bezerra, a Prefeitura e o Legislativo precisam pressionar o governo do Estado para garantir custeio para ampliação do serviço. Bezerra, que também atua como médico da Santa Casa, informou que a maternidade ficou fechada entre terça-feira e parte do dia de ontem.
Na próxima semana Bezerra se reunirá com o prefeito Marcus Melo (PSDB) para discutir o problema da superlotação na Santa Casa. O vereador afirmou que o número de gestantes internadas apresentou uma queda, mas que ainda opera no limite. Para ele, a questão mais sensível é a UTI Neonatal.
De acordo com o vereador, é necessário mostrar a situação que a maternidade enfrenta ao governo do Estado para conquistar recursos para o custeio da ampliação do atendimento das gestantes. "Vou conversar com o prefeito sobre a necessidade de tomarmos uma decisão urgente junto à Secretaria de Estado da Saúde para que ela repasse esse recurso para Mogi. Apresentaremos ao Estado a realidade, que tenho certeza que eles estão acompanhando", destacou.
O presidente justificou que o número de leitos da maternidade precisa ser ampliado em decorrência do aumento populacional de Mogi, da vinda de gestantes de outras cidades e a da redução das pessoas que possuem plano de saúde. Atualmente, a Santa Casa conta com 38 leitos para gestantes e nove de UTI Neonatal.
No auge da superlotação, na semana passada, o hospital chegou a receber 71 pacientes e o setor de ortopedia teve que ser adaptado para atender a demanda. "Nosso problema hoje é a UTI Neonatal que está com oito crianças. A tendência da Maternidade da Santa Casa, principalmente nos últimos meses, é justamente de superlotação, porque muitas gestantes de outras cidades vêm para se tratarem na maternidade de Mogi. A de Itaquaquecetuba sempre fecha quando chega no limite e Ferraz de Vasconcelos sofre com a falta de profissionais. Hoje, entre 20% e 25% das pacientes são de outras cidades, o que superlota nosso hospital", ressaltou.
Para Bezerra, é necessário construir pelo menos mais 20 leitos na maternidade com leitos para a UTI Neonatal. Ele ressaltou que a Santa Casa oferece um serviço de alta qualidade aos pacientes e se esforça para atender as gestantes que procuram o hospital. "Como médico é muito difícil ver uma pessoa da nossa cidade chegar na maternidade em trabalho de parto e dizer que ela tem que ganhar bebê em outra cidade", disse.
'Mãe Mogiana'
Bezerra destacou que a Prefeitura tem investido em equipamentos e no pré-natal das gestantes. "Temos o Programa 'Mãe Mogiana' que realiza cerca de 2 mil pré-natais por mês. Já estou conversando com a Prefeitura para criar mais duas estruturas como essa. Assim, tiramos as grávidas dos postos de saúde e encaminhamos para um local especializado".

Uma das alternativas é utilizar o Hospital Flávio Isaías

Flávio Isaías Rodrigues é o diretor clínico do Centro Oncológico Mogi das Cruzes

Vereador apresenta saídas para superlotação
Uma das saídas apresentadas pelo presidente da Comissão de Saúde da Câmara, o vereador Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB), o Chico Bezerra para a superlotação da Maternidade da Santa Casa de Mogi , é a reforma e expansão para onde hoje funciona o setor de Ortopedia
Uma das saídas apresentadas pelo presidente da Comissão de Saúde da Câmara, o vereador Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB), o Chico Bezerra para a superlotação da Maternidade da Santa Casa de Mogi , é a reforma e expansão para onde hoje funciona o setor de Ortopedia. O parlamentar informou que a utilização do prédio do Hospital Doutor Flávio Isaías, que já foi usado como Maternidade da Amil, também pode resolver a questão. A outra proposta é a construção de novos andares na área do Pronto Socorro da Santa Casa.
No caso da ampliação da Maternidade para a área de Ortopedia, Bezerra cogitou buscar apoio da iniciativa privada para conquistar o recurso necessário. Ele sugeriu que cada empresa fique responsável por um leito. O vereador também deve buscar colaboração por meio de emendas parlamentares. Ele ressaltou que nas três alternativas propostas é necessário o aval e compromisso da Secretaria de Estado da Saúde em custear o atendimento. Esclareceu também que o custo para a implantação de 20 novos leitos e a inclusão de outras vagas para a UTI Neonatal consome um volume significativo de recursos, pois é necessário contratar mais profissionais.
O vereador informou que o Estado precisa autorizar a ampliação e custear o serviço. "Não podemos passar esse sufoco a cada três ou quatro meses", acrescentou.
Em relação à utilização do prédio do Hospital Doutor Flávio Isaías, Bezerra afirmou que essa é uma alternativa estudada, mas não a principal. O local possui a estrutura, pois já funcionou como uma maternidade. "Temos 20 ou 25 leitos e a ala está toda construída. Essa é uma saída importante, mas para isso o município tem que agir. Podemos pegar dez ou 15 leitos de Maternidade pública e outra ala com mais dez ou 15 vagas para a área privada, pois o atendimento particular cobre os custos do público. A Santa Casa poderia ficar responsável pelo serviço". (L.N.)

Fonte:Mogi News