terça-feira, 29 de novembro de 2016

Sem respaldo: Falta de repasses do governo recebe críticas de Bertaiolli

Prefeito lembrou que Mogi não recebe a verba há um ano; maiores preocupações são com UPA e Samu
Foto: Daniel Carvalho


Um dos grandes desafios do prefeito será arcar com o investimento da UPA Kaoru
O prefeito de Mogi das Cruzes Marco Bertaiolli (PSD) fez duras críticas ao governo federal e destacou as principais dificuldades de relacionamento entre a União e a administração municipal, no que diz respeito aos repasses que teriam que ser destinados à Secretaria de Saúde para manter o serviço e terminar as obras das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e para novas aquisições de ambulâncias para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O chefe do Executivo lembrou que há um ano a prefeitura não recebe apoio financeiro do órgão e que os serviços estão sendo arcados com recursos municipais, o que será um grande desafio para o próximo prefeito eleito, Marcus Melo (PSDB).
"Estamos há mais de um ano financiando sozinhos a UPA do Rodeio. Não tem cabimento essa demora do governo federal em arcar com suas responsabilidades", criticou Bertaiolli. "Todas as dificuldades que temos hoje são relativas ao caos que se instalou no governo federal. A UPA custa R$ 1 milhão para a prefeitura", destacou.
O chefe do Executivo ainda lembrou das obras da UPA que está sendo instalada na avenida Kaoru Hiramatsu, no Jardim Oropó, que será um dos desafios da prefeitura. "A prefeitura fica de mãos atadas. A obra precisa avançar porque assinou um contrato de construção e existe um prazo para colocar em funcionamento. Mas, ao mesmo tempo que coloca em exercício, não recebe dinheiro. Então é uma situação muito difícil com o governo federal e algo que está preocupando a todos", disse, lembrando que o secretário de Saúde Marcello Cusatis já enviou vários ofícios à Brasília para chamar atenção do Poder Público. "A UPA do Oropó está pronta e sendo equipada, não tem como não colocá-la para funcionar, mas é uma responsabilidade da União arcar com as suas responsabilidades e cumprir com o que está no contrato. Há mais de um ano que não recebemos um tostão".
Outra preocupação da Prefeitura de Mogi é com relação às ambulâncias do Samu, que precisam ser substituídas. "O Samu é custeado pela Prefeitura de Mogi. Temos uma despesa de quase R$ 1 milhão por mês para mantê-lo funcionando 24 horas. A compra das viaturas é responsabilidade do Governo Federal. As nossas já necessitam de substituição. Os veículos estão com a quilometragem avançadíssima porque rodam 24 horas e não há nenhuma informação do governo federal a respeito da troca", ressaltou.

Fonte:Mogi News