quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Idoso morre à espera do Samu

Idoso morre à espera do Samu
TER, 05 DE AGOSTO DE 2014 00:00
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Viatura do Samu levou mais de uma hora para chegar a Taiaçupeba e atender João de Souza / Foto: Arquivo

“Uma espera interminável que não desejamos para ninguém. É inaceitável que um resgate do tipo demore tanto. Faltou consideração com a família e o paciente”. A frase é do analista de produção Rodrigo Komori, de 28 anos, que afirma que seu avô, o aposentado João Fernando de Souza, morreu vítima de infarto por conta da demora na chegada da viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Taiaçupeba, no último sábado (2). A Prefeitura diz que registrou elevado número de chamados e, por isso, a viatura teve problemas para chegar ao lugar. 

Segundo Komori, o avô começou a passar mal por volta das 11h30. “Ligamos para o Samu ao meio-dia. A ambulância chegou só às 13 horas. Em todo o tempo, dizíamos que ele estava com dificuldade de respiração, que estava mal. Depois que a viatura chegou foi que eles perceberam que precisava de uma unidade avançada (UTI móvel). A outra chegou só às 13h30. Os enfermeiros constaram o óbito dele no local”, disse.

Segundo ele, outros problemas trouxeram transtornos à família. “Enfrentamos quase duas horas para registrar o Boletim de Ocorrência no 1º Distrito Policial (Parque Monte Líbano) porque a escrivã foi almoçar e se estendeu além do horário. O corpo chegou ao IML (Instituto Médico Legal) no final da tarde e um funcionário me disse que não ia ter liberação no mesmo dia porque o expediente acaba às 18 horas”, comentou. 

Ele foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO), para destinação de corpos que tiveram morte natural. O núcleo funciona como um anexo do IML, mas é de responsabilidade da Prefeitura de Mogi, graças a um convênio com o Estado. 

A Coordenadoria da Central de Urgências, Remoções e Emergências (Cure) informou que “no período entre 11 e 13 horas do dia 2 de agosto foram registradas 15 solicitações de urgência pela Cure 192, sendo 11 delas apenas em Mogi (uma convulsão, um desmaio, uma falta de ar, uma dor abdominal, uma crise de hipertensão, uma queda, duas situações clínicas diversas e três remoções de postos de saúde). 

Fonte:O Diário de Mogi