terça-feira, 1 de abril de 2014

Ditadura Militar Ossada não é do mogiano Corrêa

Ditadura Militar
Ossada não é do mogiano Corrêa
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Reprudução

Segundo exames, ossada encontrada não era de Sérgio Corrêa
A localização, em 2010, de uma ossada no Cemitério da Vila Formosa, na cidade de São Paulo, diminuiu a angústia dos parentes e amigos de Sérgio Corrêa, o Serginho, morto pela ditadura militar em setembro de 1969. 
Ativista, ele foi membro atuante do Grêmio Estudantil Ubaldo Pereira, hoje Escola Estadual Dr. Washington Luiz. Ele lutou contra os militares representando a Ação Libertadora Nacional (ALN). Planos de um sepultamento digno em Mogi das Cruzes foram feitos pelos amigos que deixou na cidade.

No entanto, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF), exames de DNA foram realizados e o resultado foi negativo. A ossada não era do mogiano.

Uma prima e dois sobrinhos de Serginho cederam o material para análise. Assim, o paradeiro de Corrêa, que teria sido enterrado como indigente 40 anos atrás, segue indefinido. Ele foi morto na explosão de uma bomba no carro onde estava. 
A localização da vala clandestina foi resultado do trabalho de uma equipe formada por membros do MPF de São Paulo; Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), órgão ligado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal; e Instituto Médico Legal (IML).

A procuradora da República, Eugênia Augusta Gonzaga, estava à frente das investigações em 2010, que tinham como objetivo identificar vítimas da ditadura. Ela informou na época que "a ossada havia sido localizada por meio de estudos que apontaram a possível identificação de uma vala clandestina onde estariam os ossos de vítimas da ditadura".

Além dos restos mortais que poderiam ser do mogiano, o grupo de trabalho encontrou uma segunda ossada. A possibilidade era de ser de outro militante político, Virgílio Gomes da Silva, o Jonas, igualmente morto pela ditadura militar em 1969. Os exames de DNA foram outra vez negativos. Jonas liderou o sequestro do embaixador americano Charles Elbrick.

Fonte: Mogi News