quarta-feira, 19 de junho de 2013

SP: transporte público volta a custar R$ 3

SP: transporte público volta a custar R$ 3
QUA, 19 DE JUNHO DE 2013 18:41
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O anúncio foi feito pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo prefeito Fernando Haddad (PT), na noite de hoje, no Palácio dos Bandeirantes / Foto: Divulgação

Após negociação entre os governos municipal e estadual, a tarifa de ônibus, metrô e trens de São Paulo voltará a custar R$ 3. O anúncio foi antecipado pela Folha de S.Paulo, e anunciado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo prefeito Fernando Haddad (PT), na noite de hoje, no Palácio dos Bandeirantes.

Em coletiva, Alckmin falou que o retorno da tarifa para R$ 3 representa um "esforço" e acrescentou que serão cortados gastos para que a mudança seja possível. Já o prefeito afirmou que "investimentos serão comprometidos" por conta disso.

Ontem, ocorreu o sexto protesto contra as tarifas na capital paulista. O ato começou de forma pacífica na praça da Sé, mas um grupo mais exaltado atravessou a grades que faziam o isolamento na frente da prefeitura e atiraram objetos contra os guardas-civis que faziam um cordão na frente do prédio. Ao menos dois guardas ficaram feridos.

Houve ainda pichações ao prédio da prefeitura e bandeiras hasteadas na frente do prédio foram arrancadas. Mais tarde, um grupo de pessoas ainda depredou e saqueou lojas da região central. Até a madrugada, ao menos, 63 pessoas tinham sido detidas.

Vandalismo

Sobre os episódios de violência ocorridos ontem, durante o sexto protesto contra o aumento da passagem de ônibus, o prefeito disse que existem grupos no movimento que querem interditar o diálogo.

"Infelizmente o debate tem sido interditado por grupos que não confiam na democracia. São criminosos os que estão agindo nas ruas", criticou.

"Gestos como o de ontem não contribuem para o funcionamento da cidade. Independente da manifestação, as pessoas têm o direito de chegar ao trabalho, de chegar em casa. Mas você não precisa, para ter manifestação, excluir os demais direitos das pessoas. O que aconteceu foi uma atrocidade contra a cidade."

Sobre as críticas de que a Polícia Militar demorou a agir ontem, Haddad disse que telefonou ao secretário Fernando Grella (Segurança Pública) e ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e ouviu explicações de que existe uma preocupação da polícia em só agir em último caso.

"Obviamente, depois da quinta-feira, existe uma preocupação muito grande para que, de parte da população, não haja uma percepção de que a polícia esteja em contradição com ela. Existe uma preocupação grande da Polícia Militar neste momento de só agir em último caso, preservando a integridade física das pessoas."

Na última quinta-feira, a PM foi criticada por ter contido a manifestação com uso indiscriminado de balas de borracha, que atingiram inclusive jornalistas, e detenções de pessoas que portavam apenas frascos com vinagre - usado para amenizar os efeitos do gás lacrimogêneo.

Haddad disse ainda que a GCM (Guarda Civil Metropolitana) preservou o prédio da prefeitura e só acionou a PM "no tempo devido". (Folhapress)

Fonte:O Diário de Mogi