quinta-feira, 11 de abril de 2013

Decisão Atendimento no Hospital Luzia de Pinho Melo volta a ser alvo de reclamações


Decisão
Atendimento no Hospital Luzia de Pinho Melo volta a ser alvo de reclamações
Jorge Moraes

Filho de Lizete está doente
Menos de 48 horas depois de a Secretaria de Estado da Saúde enviar uma carta à Redação do Mogi News garantindo que o atendimento no Hospital Luzia de Pinho Melo estava "normalizado" e "sob controle", familiares de pacientes que estão em tratamento naquela unidade hospitalar procuraram o jornal para apresentar uma realidade muito diferente da apresentada pelo governo estadual e semelhante à constatada pelo Ministério Público, em recente visita ao local. 
Segundo populares, tanto no setor de Pronto-Socorro - que está em obras de amplia-ção - quanto no Ambulatório e nas Enfermarias adulto e infantil, há superlotação de pacientes. Casos considerados graves, de pacientes que necessitam de atendimento especializado, como internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a espera por uma vaga passa de uma semana. Enquanto isso, pacientes ficam em macas nos corredores ou em alas improvisadas. 
É o caso de Tiago Damião Ferraz, de 29 anos, que sofre de encefalopatia e, desde o fim do mês passado, após ser submetido a uma cirurgia na vesícula, aguarda por um leito na UTI do Luzia. 
"Não sei mais o que fazer nem a quem recorrer, porque o estado dele é pior a cada dia. A barriga inchou, ele vomita fezes e os médicos não explicam o porquê. Hoje (ontem), os médicos vieram dizer que ele está com sépse, que é uma infecção generalizada. É grave e ficou pior devido à falta de atenção de médicos e enfermeiros", queixou-se a mãe do rapaz, a dona de casa Lizete Fátima da Silva, de 59 anos. 
"Minha revolta maior é que os médicos não dão satisfação ou informações sobre o que está acontecendo. É um absurdo a forma como eles tratam os pacientes", desabafou ela, que pretende acionar o Ministério Público para averiguar a possível ocorrência de negligência médica contra Tiago no procedimento cirúrgico. 
A atendente de Recursos Humanos Elessandra Oliveira, 35, também está descontente com o atendimento prestado ao filho dela, Rodrigo Oliveira Siqueira, de 7 anos. O menino teria sido diagnosticado com pneumonia no domingo passado e encaminhado para a enfermaria infantil, mas até ontem à tarde continuava em uma ala do Pronto-Socorro à espera de vaga. "O pior é que o colocaram numa maca debaixo de um ar-condicionado que está em temperatura muito baixa e que pode comprometer ainda mais a saúde dele", contou.


Resposta
A Secretaria de Estado de Saúde disse que não há indicação de UTI para Tiago Ferraz e que ele está passando, constantemente, por avaliação da equipe médica, assim como Rodrigo, que está internado na sala de observação.

Em relação ao ar-condicionado, o hospital disse que a temperatura está adequada ao quadro de saúde do paciente e isso não vai prejudicá-lo.

Sobre a demora para atendimento, a unidade disse que "os casos em que há risco de morte são priorizados, porém, ninguém deixa de ser atendido" e se colocou à disposição das famílias para outros esclarecimentos. (N.A.)

Fonte:Mogi News