quinta-feira, 28 de março de 2013

Na Câmara Quatro "Fujões" quase comprometem votação


Na Câmara
Quatro "Fujões" quase comprometem votação
Na sessão de ontem da Câmara, quatro vereadores deixaram o plenário logo após responderem à chamada e decreto quase não tem quórum
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Erick Paiatto

Antonio Lino: "Tem gente aqui que deseja trabalhar, outros não. Todos aqui são adultos", esbravejou
A "fuga" de quatro vereadores durante a sessão de ontem na Câmara Municipal por pouco não comprometeu a votação do decreto legislativo que homenageará com o título de honra ao mérito o Centro de Convivência e Apoio ao Paciente com Câncer (Cecan). 
Faustino Taubaté Guimarães (PMDB), Pedro Komura (PSDB), Roberto Valença (PRB) e Vera Rainho (PR) deixaram o plenário logo após responder a chamada, feita sempre no início da sessão. Vera, inclusive, havia chegado atrasada e pediu para que a presença dela fosse considerada. Após "perder" a votação ela voltou à Câmara como se nada tivesse acontecido.

Jean Lopes (PCdoB) também estava ausente, mas segundos antes da votação voltou correndo ao local da sessão.

Com a ausência do quarteto não houve, por alguns instantes, quórum para a análise e consequente aprovação da proposta. Deu início então a uma movimentação de assessores para buscar algum vereador que, mesmo que com a sessão em andamento, estava em outro local do prédio do Legislativo. O comunista foi encontrado no gabinete dele e voltou correndo.

Como se trata de um decreto legislativo para ser aprovado, ele precisaria de dois terços dos votos entre os 23 vereadores, ou seja, a aprovação de, no mínimo, 16 parlamentares. 
Quem fez o alerta para a fuga do quinteto (até este momento Jean Lopes estava fora do plenário) foi Antonio Lino (PSD). "Eu peço que a chamada para constatação do quórum seja feita novamente", exigiu Lino. Minutos antes, uma primeira chamada já havia sido realizada e constatou a presença de apenas 15 parlamentares, número que impediria a votação do decreto legislativo. 
"Amanhã, a Imprensa vai mostrar essa situação, mas é preciso mostrar quem fica aqui na Câmara para trabalhar e quem apenas assina o livro e vai embora. Tem gente aqui que quer trabalhar, já outros não", frisou. "Todos aqui são adultos para assumirem os atos", esbravejou Lino. 
A "fuga" após responder a chamada é comum na Câmara Municipal. O ato é vedado pelo Regimento Interno do Legislativo. "Considera-se não comparecimento se o vereador apenas assinou o livro de presença e ausentou-se sem participar da sessão", indica o artigo 80 do Regimento que trata da extinção do mandato. Após a confusão, o projeto foi aprovado.

Fonte:Mogi News