sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Desarquivado Aterro no Taboão volta a ser ameaça para Mogi


Desarquivado
Aterro no Taboão volta a ser ameaça para Mogi
A prefeitura de Mogi é contrária a implantação e disse que já estuda um outro modelo para destinação do lixo, muito mais viável ambientalmente
Cleber Lazo
Da reportagem local
Jorge Moraes

Taboão: aterro sanitário ainda pode ser instalado no distrito
O fantasma da construção de um aterro sanitário no distrito do Taboão voltou a assombrar os mogianos neste começo de ano. A construtora Queiroz Galvão, responsável pelo projeto que tem a reprovação de autoridades e da sociedade civil, tem até o dia 30 de janeiro para informar a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) se mantém o interesse em dar continuidade ao licenciamento ambiental. A empresa foi notificada em 15 de janeiro e o prazo para a resposta é de 15 dias.

De acordo com a assessoria de imprensa da Cetesb, o processo de licenciamento foi desarquivado e hoje está "sob análise, dentro dos procedimentos normais que envolvem um licenciamento ambiental".

A Companhia explica que, caso a manifestação seja favorável, uma audiência pública será agendada pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema). "Após a audiência, o Departamento de Avaliação Ambiental de Empreendimentos, da Cetesb, concluirá o parecer técnico que indicará se o empreendimento é viável e se está apto ou não a receber a primeira das três licenças necessárias (as demais são as licenças de instalação e de operação)", detalhou em nota a Cetesb. 
A etapa seguinte após a liberação da licença prévia, é a apresentação do parecer técnico ao Consema, que poderá votar pela concessão do documento. "Até este momento, o processo ainda encontra-se em análise nas áreas técnicas. Caso a Queiroz Galvão se manifeste pela desistência, o processo poderá ser arquivado. Caso contrário, continuará o rito normal de licenciamento", descreveu a Cetesb.

A Prefeitura de Mogi reafirmou, por meio da Coordenadoria de Comunicação Social, a posição contraria a implantação do aterro. "Já está sendo articulada, em parceria com a Sabesp, a implantação de uma usina de incineração, um modelo mais moderno e ambientalmente correto para a destinação dos resíduos sólidos. Dia 31 deste mês, inclusive, será feita uma reunião às 15 horas com a presidente da Sabesp, Dilma Pena, para discutir este projeto".

O MN entrou em contato com a Queiroz Galvão, mas até o fechamento desta reportagem a empresa não havia se manifestado.

A continuidade do licenciamento surpreende a todos os mogianos que acreditavam que o fantasma havia desaparecido. Diversas ações foram tomadas ao longo dos anos para barrar as pretensões da companhia e até apoios foram declarados, entre eles, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, de senadores e secretários estaduais.



Fonte:Gustavo Ferreira TATAU