emergênciasSamu de Mogi será o primeiro do Brasil a ter prontuário eletrônico
Profissionais terão tablets com internet 3G, integrando o atendimento na ambulância ao controle da central
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Jorge Moraes
A Cure, que concentra os serviços de ambulância, está desenvolvendo técnicas para otimizar trabalho
A Central de Urgências, Remoções e Emergências (Cure) 192 já realiza testes nas ambulâncias que atendem Mogi das Cruzes para a implantação do novo sistema de prontuário eletrônico, pioneiro no País. Na prática, cada unidade móvel vai ser equipada com um tablet com Internet 3G, onde o preenchimento da ficha com dados de atendimento e a regulação médica serão feitos de forma simultânea com a Central de Regulação, no Centro Cívico.
O novo sistema, que vai eliminar o uso do papel nas ambulâncias e otimizar o atendimento, deve come-çar a funcionar até o fim deste ano. A princípio, as oito viaturas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Mogi serão beneficiadas, mas a proposta é expandir o sistema para as demais bases do Consórcio Regional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Cresamu), em Salesópolis, Biritiba Mirim, Guararema e Arujá. Outro projeto pioneiro e audacioso é a implantação da telemedicina nas viaturas (leia mais nesta página).
O prontuário eletrônico também será estendido às 20 viaturas municipais do Centro de Apoio aos Serviços Municipais (Casem). "Vamos abolir o papel. Cada viatura vai ter um tablet e toda a informação que os técnicos precisam estão lá. Eles vão digitar os detalhes da ocorrência e ela vai aparecer em tempo real na base", explicou Marly Inês dos Reis Monteiro Garcia, coordenadora-geral do Cresamu.
A implantação do sistema de prontuário eletrônico é muito importante porque, a partir dele, será possível medicar os pacientes atendidos dentro da base móvel.
"O médico tem acesso em tempo real às informações das ocorrências e já providencia a medicação sem sair da central. Estamos em fase de testes e até meados de dezembro todas as viaturas, inclusive as do Casen, vão trabalhar com o sistema informatizado, que é inédito no Brasil".
A informatização deve tornar o atendimento ainda mais efetivo e sem erros. "A ficha inteira do paciente já vai estar pronta e a interação clínica será muito mais eficaz. A tomada de decisões para salvar uma vida será muito mais rápida", detalhou a coordenadora.
Atualmente, o tempo médio de socorro após uma chamada é de dez minutos em áreas urbanas e de até 30 minutos em rurais. "Esse tempo era um pouco maior, mas nós também implantamos a impressão de chamada. Quando a central atende uma ocorrência e faz a regulação médica, a equipe já sai para a rua com essas informações impressas. Até então, eles pegavam os dados pelo rádio e isso levava de dois a três minutos. Eliminamos este tempo".
Fonte:Mogi News
