Iniciativa mogi newsPartidos e prefeituráveis apoiam pacto contra a compra de votos
Proposta tem objetivo de fiscalizar as eleições contra o ato e vai contar com maioria dos candidatos e partidos
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Jorge Moraes
Bertaiolli: a prática é criminosa
Os candidatos a prefeito de Mogi e os partidos políticos da cidade prometem participar do pacto proposto por um grupo de postulantes ao cargo de vereador contra a compra de votos. A proposta lançada ontem no Mogi News tem como objetivo fiscalizar e denunciar o ato ilegal. A Justiça Eleitoral incentivou a iniciativa. Além da classe política, a população também fará parte do movimento.
O pacto não vai contar com um papel assinado ou um ato público. Os candidatos que se comprometerem a participar da proposta terão apenas o compromisso moral e de cidadania de não praticar este tipo de ato ilícito e, ainda, denunciar caso tenha conhecimento que o crime eleitoral esteja sendo praticado.
Buscando a reeleição, Marco Bertaiolli (PSD) frisou que "essa é uma prática criminosa que já demonstra a má intenção do candidato". "Nossa campanha tem como base o crescimento e a melhora que Mogi teve nos últimos anos. Eleição não se compra, se ganha com trabalho, dedicação e principalmente boas propostas para a cidade continuar crescendo", afirmou.
Marco Soares (PT) foi outro a garantir que apoia o pacto, assim como Fernando Muniz (PPS).
Mário Berti (PCB) avalia que a "compra de votos é o câncer da democracia". "Aquele que compra votos é o pior dos bandidos. Geralmente o dinheiro é oriundo da corrupção. O voto comprado elege o que de pior pode existir nos organismos de comando das cidades, dos estados e do País", pontuou. "Não tenha dúvidas de que somos absolutamente contrários a isso. Inclusive a nossa propaganda na TV é a única que menciona esse problema e se posiciona claramente contra", salientou Jorge Paz (PSOL).
Partidos
O Mogi News também conversou com os presidentes dos principais partidos. O dirigente municipal do PT, Clodoaldo Aparecido, disse que, com a prática da compra de votos, quem perde é a população, porque há políticos que utilizam deste recurso e se elegem sem nenhum compromisso com a população. Já o presidente do PMDB, Geraldo Tomaz Augusto (PMDB), avalia a atitude como um ato covarde e injusto.
O vice-prefeito José Antonio Cuco Pereira, que também preside o PSDB na cidade, disse que comprar votos é vender a consciência. "Precisamos exercer o direito pleno da democracia. O TRE deveria fazer uma campanha mais agressiva contra a venda do voto", disse.
"Eu apoio a iniciativa, porque o processo de escolha precisa ser moralizado. Comete crime aquele que compra e aquele que vende", afirmou Marcos Damásio, presidente do PR, e secretário de Desenvolvimento.
Já o presidente do PPS, Delmiro Gouvea, salientou que o eleitor que for aliciado tem obrigação de comunicar a Justiça.
Fonte:Mogi News
