quarta-feira, 11 de julho de 2012

Duplo homicídio Assassino de irmãs vai a júri popular e pena pode ultrapassar os 90 anos


Pintor que matou Renata e Roberta Yoshifusa a facadas em novembro de 2011 pode ser julgado até fim do ano
Deize Batinga
De Mogi Das Cruzes
Divulgação
As jovens de 21 e 16 anos foram mortas dentro de casa
Um dia antes de completar oito meses da morte das irmãs Renata e Roberta Yoshifusa, de 21 e 16 anos, o pintor Antônio Carlos Rodrigues da Silva Júnior, conhecido como Tartaruga, teve o nome lançado no rol dos culpados. Isso significa que ele vai ser julgado pelo Tribunal do Júri pelos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado e dois estupros. A decisão foi do juiz da 2ª Vara Criminal do Fórum de Mogi das Cruzes, Gióia Perini. Com essa decisão, e pelo fato de Tartaruga estar preso, o Mogi News apurou que a expectativa é de que o julgamento seja realizado até o fim do ano. Caso ele seja condenado por todos os crimes, a pena dele pode ultrapassar os 90 anos.


O pintor está preso desde 12 de novembro e, por decisão do juiz, não terá o direito de aguardar o julgamento em liberdade. Ele é acusado de ter estuprado e matado as irmãs na casa onde elas moravam com os pais, na rua Mariana Najar, na Vila Oliveira. No dia do crime, quando o pai das vítimas, Nelson Yoshifusa, chegou ao imóvel, o pintor teria tentado se passar por vítima e chegado a inventar um suposto assalto seguido de estupro, para justificar o que tinha ocorrido ali.


Depois de confessar os assassinatos, Tartaruga foi categórico em todos os depoimentos em negar ter praticado qualquer tipo de violência sexual com as irmãs, que ele conhecia há cerca de 15 anos. Para a polícia, no dia seguinte ao crime, ele teria dito que tirou as roupas das vítimas apenas para dar mais veracidade à versão de invasão do imóvel. No interrogatório que ele prestou no Fórum de Mogi, em março deste ano, um fato chamou a atenção. Ele sempre se tratava na terceira pessoa e teria justificado que algo ou alguma coisa o teria levado a cometer a atrocidade e a provocar ferimentos em si mesmo.


A reportagem procurou o advogado da família Yoshifusa, José Beraldo, para que ele comentasse a decisão, mas como o processo segue em segredo de Justiça, ele não pôde entrar em detalhes. "Nós sabemos que nada vai acalmar a dor dessa família, mas os pais esperam que a justiça seja feita com rigor". Até o fechamento desta edição, o Mogi News não conseguiu contato com a advogada de Tartaruga, Miriam dos Santos Basílio Costa.


Fonte:Mogi News