quarta-feira, 23 de maio de 2012

problema no luzia Pacientes denunciam falta de medicamentos



Eles estão preocupados porque fazem tratamento de câncer, doença agressiva, e, por isso, não podem ficar esperando pela medicação
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Jorge Moraes

Pacientes têm feito várias queixas sobre o serviço recém-implantado. Agora, o problema, segundo eles, é a falta de medicamentos
A dona de casa Antonieta de Souza, de 56 anos, está desesperada e acredita que está "à beira da morte". Há quase 45 dias ela está sem realizar uma sessão de quimioterapia para evitar o retorno, e alastramento, de um tumor. Há cerca de dois anos, quando descobriu a doença, até abril último, eram duas sessões por mês que ela realizava no Hospital do Câncer "Dr. Flávio Isaías". Contudo, com a suspensão, em definitivo, do atendimento aos pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) pela Secretaria de Estado da Saúde, no fim do mês passado, dona Antonieta ficou sem tratamento. Isto porque, segundo ela, o medicamento necessário para o procedimento intravenoso (pela corrente sanguínea) não chegou ao Hospital Luzia de Pinho Melo - unidade referenciada pelo Estado para atender os pacientes com câncer da região. 
"A cada semana dizem que já pediram o medicamento e que não passa da de sexta-feira. E isso nas últimas três semanas". O último prazo, segundo ela, foi prometido ontem. "Se passar desta sexta-feira, não sei o que faço", disse ela, que mora em Poá. 
O casal Nanci, de 51, e Hernani Moreira, 67 anos, de Guarulhos, também está com dificuldades em obter medicamentos no Luzia de Pinho Melo. "O Lupron, que é uma injeção de hormônio, está em falta e sem prazo para chegar. É um absurdo porque o Luzia está com o serviço de câncer há mais de 20 dias e deveria estar com tudo isso pronto. Um dia de atraso na injeção é como se diminuísse a sobrevida do meu marido", queixa-se Nanci.


A Secretaria Estadual de Saúde informou, por meio de sua Assessoria de Imprensa, que a conclusão das obras para implantação da quimioterapia está prevista para o mês de julho. "Assim como acontece em qualquer serviço de saúde, a implantação dos serviços está ocorrendo de forma gradativa". O governo do Estado, porém, descarta que exista problemas com medicamentos. "O Luzia informa que sua comissão de farmácia padroniza a entrega aos pacientes do medicamento Zoladex, de mesmo efeito terapêutico que o Lupron. Não há, portanto, falta de medicamentos, uma vez que o Zoladex está disponível. A adequação da receita dos pacientes está sendo feita após avaliação prévia do oncologista, para a própria segurança do paciente. Em caso de dúvida, os pacientes podem ligar no telefone (11) 3583-2876, por meio do qual serão orientados", diz a nota do governo estadual. 


Fonte:Mogi News