Mayara de PaulaAraújo: "Sem base legal"
Os vereadores de Mogi das Cruzes avaliam que a Secretaria de Estado da Saúde foi "irresponsável", "leviana", entre outros adjetivos, ao descredenciar o Hospital do Câncer Dr. Flávio Isaías Rodrigues do Sistema Único de Saúde (SUS) sem comunicar o Ministério da Saúde nem colocar à disposição dos pacientes um local com infraestrutura completa para o atendimento.
Jean Lopes (PCdoB) destacou que "o Estado foi leviano ao suspender o atendimento no hospital". "Eles transferiram os pacientes para o Luzia (Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo), mas lá não há as condições necessárias para realizar este tipo de tratamento. Ninguém na secretaria olhou para a vida de centenas de pessoas. O ideal seria que houvesse gestão compartilhada do Hospital do Câncer de Mogi, até que o Luzia estivesse preparado para receber os pacientes", analisou.
Expedito Ubiratan Tobias (PR) acredita que "a pasta não poderia ter atropelado o Ministério da Saúde". "O trâmite deveria ter sido feito da forma correta. Os pacientes ficaram jogados, sem saber para onde ir", disse.
"Eu nunca tinha visto uma atitude tão absurda", frisou Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB), o Chico Bezerra. "Se houve alguma irregularidade, que os responsáveis fossem punidos, mas o que ocorreu foi uma punição às pessoas que passavam pelo tratamento. O Luzia conta com instalações inadequadas e os pacientes com câncer estão sendo atendidos em setores que não foram construídos para o serviço de Oncologia. O Hospital do Câncer deveria continuar fazendo o tratamento, até que outro local pudesse oferecer um atendimento digno", ressaltou.
Jolindo Rennó Costa (PSDB) avaliou que o momento é crítico. "O Luzia definitivamente não tem condições de prestar um atendimento de Oncologia. O Estado teria de analisar de forma mais detalhada as supostas irregularidades para que esta situação não chegasse a este ponto".
Já Mauro Araújo (PMDB) salientou que "não pode acreditar que o Estado tenha sido tão irresponsável ao iniciar um descredenciamento sem base legal". "É de se estranhar que a prestação de um serviço de qualidade, como ocorria no HC de Mogi, escondesse tantas irregularidades".
Fonte:Mogi News
