MARA FLÔRES
"Após a manifestação da Cetesb, deverá ser solicitada uma perícia e com ela vamos conseguir certificar que a área é imprópria para o lixão, entre outras razões, por conta dos cursos d´água que existem na propriedade", explica o advogado Jair Araújo, responsável pela ação popular proposta no ano passado. "E com a perícia, temos grandes chances de que aquele pedido de licenciamento que tramita na Secretaria do Meio Ambiente possa ser anulado, já que o laudo judicial tem mais força que o processo administrativo", acrescenta.
De acordo com o advogado, a primeira conquista já foi obtida, uma vez que a Fazenda Pública indeferiu os argumentos apresentados pelas partes contrárias nas preliminares, as quais argumentavam pela inviabilidade da ação popular, que foi mantida e com acréscimo da Cetesb entre os possíveis réus do processo.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ), a Cetesb está sendo intimada via carta precatória. Após ciência, o advogado Jair Araújo ressalta que a companhia terá 20 dias para se manifestar no caso.
Na ação popular, impetrada inicialmente na Justiça Federal, o ambientalista Mário Berti Filho sustenta que a instalação de um aterro sanitário no Distrito do Taboão irá contaminar as águas dos Rios Parateí e Paraíba do Sul, cuja bacia abastece outros estados.
No ano passado, a Queiroz Galvão chegou a ter agendada nova audiência pública para apresentar o projeto do lixão para Mogi. O processo, no entanto, foi suspenso após intervenção da Cidade, que apresentou um vasto documento com alegações contrárias aos empreendimentos, o qual está em análise na Secretaria de Estado do Meio Ambiente.
Fonte:O Diário de Mogi