terça-feira, 17 de abril de 2012

Diocese tem novo administrador da Igreja Católica no Alto Tietê



católicos Dom Airton cumprimenta padres na posse como arcebispo; José Eduardo Ferreira administrará Diocese até indicação de novo bispo 


DivULGAÇÃO - Carolina Grohmann


MARA FLÔRES
Apesar do prazo oficial de oito dias, os integrantes do Colégio de Consultores da Diocese de Mogi das Cruzes já definiram ontem mesmo quem é o novo administrador da Igreja Católica no Alto Tietê, em substituição a dom Airton José dos Santos, empossado no último domingo como arcebispo de Campinas. O escolhido é o padre José Eduardo Ferreira, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ferraz de Vasconcelos, e que atua também como coordenador pastoral. O religioso que responderá pela Diocese até a indicação de um novo bispo, o que está previsto para o segundo semestre, tem 45 anos de idade e 20 anos de sacerdócio. A primeira atribuição oficial dele será já amanhã, quando representará a região na Assembleia Nacional dos Bispos, em Aparecida.


Segundo o padre Claudionir Braga do Carmo, vice-reitor do Seminário Diocesano, a administração da Diocese será um trabalho colegiado. Ou seja, padre José Eduardo responderá oficialmente, mas com total assessoria dos demais seis integrantes do Colégio de Consultores. Além disso, ele não poderá suprimir, aumentar ou diminuir nada na estrutura da Diocese.


"O padre José Eduardo dará continuidade as ações administrativas que já tinham sido encaminhadas por dom Airton, como a reforma da Catedral e os preparativos para os 50 anos da Diocese", ressaltou o vice-reitor, que também integra o 
Colégio de Consultores.


De acordo com ele, o novo administrador responderá pelas ações da Igreja Católica no Alto Tietê enquanto a Diocese permanecer vacante – na prática, até que um novo bispo seja nomeado e empossado. "É bem provável que isso aconteça no segundo semestre. É uma caixinha de surpresas, mas poderá ser nomeado pela Santa Sé tanto um bispo auxiliar, como foi com dom Airton, como um sacerdote", afirmou.


O padre Leandro Machado Silvestre, reitor do Seminário e também pertencente ao Colégio de Consultores, ressaltou que a escolha do novo administrador da Diocese levou em conta tanto o tempo de sacerdócio do padre José Eduardo como a sua experiência na coordenação pastoral. "Além disso, ele já acompanhava dom Airton, conhece todos os padres e tem uma boa experiência sobre o trabalho da Diocese", destacou. "Apesar dos oito dias de prazo, definimos hoje (ontem) o administrador para que, já na quarta-feira (amanhã), ele possa representar a Diocese na Assembleia dos Bispos", acrescentou.


No currículo do padre José Eduardo Ferreira consta a participação dele no episódio da imagem da santa na janela de uma casa, em Ferraz de Vasconcelos. O episódio, ocorrido em 2002, atraiu milhares de pessoas à Cidade e coube ao religioso, após uma investigação com equipes técnicas, explicar que o que parecia a imagem de Nossa Senhora não passava, na verdade, de um efeito provocado pela reação química da água no vidro.


Posse


A indicação de padre José Eduardo aconteceu um dia depois da posse dom Airton José dos Santos, ex-bispo da Diocese de Mogi, como novo arcebispo de Campinas. A celebração, que reuniu mais de três mil pessoas e durou cerca de três horas, foi acompanhada por centenas de fiéis do Alto Tietê. Segundo estimativas do padre Leandro, sete ônibus da Região seguiram para Campinas na manhã do último domingo.


"Foi uma celebração emocionante e dom Airton tem bastante expectativas, já que além das paróquias e dos desafios pastorais numa região que estava há oito meses sem um arcebispo, ele terá atuação também na PUC", comentou o padre, ao fazer referência a Pontifícia Universidade Católica, instituição de ensino com 18 mil alunos da qual dom Airton agora é o grão-chanceler.


Numa das suas primeiras ações como arcebispo de Campinas, dom Airton nomeou o monsenhor João Luiz Fávero como vigário-geral e seu braço-direito na administração da estrutura composta por cinco dioceses.


Pouco antes da posse, dom Airton lembrou que o tempo em que permaneceu em Mogi das Cruzes, o relacionamento com os fiéis "foi muito rico e intenso". Com relação a Campinas, ele apontou como grande desafio a evangelização e afirmou que "a pessoa humana deve ser respeitada como a imagem e semelhança de Deus".


Fonte:O Diário de Mogi