segunda-feira, 9 de abril de 2012

JSL caminha rumo ao Nordeste do País

A compra por R$ 250,3 milhões da Rodoviário Schio pela JSL (antiga Julio Simões Logística) está abrindo um novo caminho para a empresa mogiana. A maior transportadora do País avança em direção ao Nordeste, em locais onde ainda não opera. O Ceará é seu principal objetivo, graças à movimentação proporcionada pelo porto de Pecém. "Nossa receita bruta deve crescer cerca de 39% em 2012, e para tanto, investimentos em frota e expansão das operações já estão programados", disse o presidente da JSL, Fernando Simões, em entrevista ao "Diário do Comércio em Indústria", no mesmo dia em que a empresa indicou que iria realizar uma nova emissão de debêntures, com objetivo de expandir sua base de capital. A empresa deverá pagar, ainda no primeiro semestre deste ano, c erca de R$ 2,3 milhões de dividendos, complementando os R$13 milhões já distribuídos aos acionistas em janeiro. A prioridade da empresa é investir no próprio crescimento, como ocorreu no ano passado, quando a JSL aplicou R$ 860,8 milhões, dos quais, 75% foram utilizados na expansão do negócio. Segundo o DCI, além da Schio, a empresa incorporou a Simpar Concessionárias, por conta da necessidade de a empresa colocar no mercado seus veículos usados para que possa adquirir novos. Em 2012, a JSL espera vender quase R$ 90 milhões em veículos usados em sua própria frota. Enquanto a idade média da frota brasileira de caminhões é de 17,5 anos e, nos países ricos a mesma frota costuma ter oito anos, os caminhões da JSL têm, em média, 1,8 ano de uso. Logo depois, cada veículo é colocado à venda pela própria empresa. Com uma postura "pé no chão", a empresa deixou de realizar, recentemente, um grande negócio com a Marfrig, que envolvia cerca de R$ 150 milhões. Depois de longas tratativas, a empresa anunciou o fim das tratativas, mas Fernando Simões garante que ainda continua negociando com a Marfrig, que detém o Frigorífico Seara. A JSL opera atualmente no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile. É dona de 14 centros de distribuição, um porto seco, um centro logístico intermodal e 139 filiais.


Fonte:O Diário de Mogi