Vara do Trabalho de Arujá, no Alto Tietê, é a primeira do Estado de São Paulo a adotar o novo sistema de Processo Judicial Eletrônico (PJE), que busca eliminar papéis e dar maior agilidade e rapidez no andamento das questões trabalhistas. A verdadeira "revolução cultural e benfazeja", na opinião do ministro João Oreste Dezalen, presidente do Tribunal Superior do Trabalho, começou a funcionar nesta semana, como parte de um processo mais amplo, já testado com sucesso em cidades de Santa Catarina, Ceará e Mato Grosso. Até o final deste ano, todos os 24 Tribunais Regionais do Trabalho e ao menos 10% das mais 1.300 Varas do Trabalho brasileiras já estarão trabalhando com o novo PJE. A celeridade proporcionada pelo sistema será resultante, segundo as autoridades, do fim da papelada, os autos físicos. O ganho também é resultado de um modelo sem filas, sem congestionamentos, de portas abertas da Justiça, dia e noite, pois as partes e seus advogados poderão acessar os processos a qualquer hora. Sem sair do seu escritório, o advogado devidamente incluído no cadastro por meio de verificação digital e senha, poderá peticionar à Justiça e, automaticamente, haverá distribuição do processo para uma vara, diz o ministro Dalazen. "Apertando um botão, da mesma forma, haverá designação da audiência", destaca. Com o PJE, um processo trabalhista, em primeira instância, que hoje leva, em média, um ano, terá seu prazo reduzido pela metade. Para a implantação do novo sistema, advogados, juízes, desembargadores e servidores têm de ser especialmente preparados para trabalhar eletronicamente. Sinal dos tempos.
Fonte:O Diário de Mogi
