quinta-feira, 22 de março de 2012

Saúde UTI Neonatal da Santa Casa está superlotada


Alerta sobre o problema, que pode prejudicar o atendimento de bebês na unidade, foi dado por presidente da Comissão de Saúde da Câmara
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Jorge Moraes
 
UTI Neonatal conta com nove leitos, além de outros dois chamados de sub-UTI, que foram adaptados para receber 11 bebês
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes está superlotada. Onze recém-nascidos permaneciam internados até o fim da tarde de ontem. O hospital conta apenas com nove leitos de UTI no berçário e outros dois, chamados de sub-UTI, acabaram sendo adaptados para receber os bebês. 
O alerta foi feito pelo presidente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal, vereador Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB), o Chico Bezerra. Segundo ele, a situação é crítica, uma vez que a Santa Casa é um "hospital de ´porta aberta´ e, se chegarem grávidas em trabalho de parto ou encaminhadas pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), elas terão de, obrigatoriamente, ser atendidas, uma vez que passam a ser consideradas ´vagas zero´ (termo usado para classificar atendimento imediato)". 
Chico Bezerra, que também é médico ginecologista da Santa Casa, informou que, dos 11 bebês internados, apenas três são de Mogi. "O berçário está sobrecarregado porque a Secretaria de Estado da Saúde passou a fechar diversos setores de hospitais da região. Prova disso é que o Santa Marcelina de Itaquaquecetuba mandou um documento para a diretoria da Santa Casa que pede para que nenhum paciente seja encaminhado à unidade, porque setores como Emergência, Pronto-Socorro, Berçário, Maternidade, entre outros, foram desativados", revelou o parlamentar.


Diante das constantes reclamações do serviço prestado pelo Estado no setor da saúde em Mogi e que causa reflexos nas unidades médicas administradas pela Prefeitura, o secretário municipal da pasta, Paulo Villas Bôas de Carvalho, será convidado a comparecer à Câmara Municipal durante a sessão da próxima terça-feira. Ele será sabatinado sobre os problemas gerados aos mogianos que precisam, por exemplo, ir ao Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo e são obrigados a aguardar quase três horas para um exame de raio X. O objetivo dos vereadores é que a Prefeitura também passe a cobrar um atendimento mais eficaz aos pacientes da cidade.


Fonte:Mogi News