domingo, 25 de março de 2012

Santa Casa continua em alerta



Balanço Maioria das gestantes atendidas na Santa Casa é de fora


SILVIA CHIMELLO
ESPECIAL PARA O DIÁRIO
Mais um bebê recebeu alta médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Santa Casa de Mogi, na manhã de ontem, reduzindo para nove o número de recém-nascidos internados no setor. Os leitos de gestantes estão todos ocupados, mas apesar de estar operando dentro da sua capacidade máxima, a maternidade não está mais superlotada como chegou a ficar no meio da semana. Ainda assim, o alerta está mantido.


O diretor assistencial da Santa Casa, Paulo Toledo, que vem acompanhado de perto o quadro e a atualização dos números, disse ontem que a expectativa é de que o funcionamento da maternidade esteja normalizado nos próximos dias. "A tendência é de estabilização e de diminuição no número de internos, embora seja difícil fazer uma previsão de alta na Neonatal, até porque os bebês, a maioria prematuros, normalmente permanecem muito tempo internados", observa.


Porém, a UTI que chegou a ficar com 11 leitos ocupados registrou duas altas: uma na última sexta-feira e outra ontem. A maternidade está com as suas 33 vagas ocupadas, o que não caracteriza superlotação na avaliação do diretor. Ele explica: as internações de gestantes "são muito mais dinâmicas", pois na maioria dos casos o parto é simples, não requer leito especial e nem mais de dois dias de internação no hospital.


Quanto a UTI Neonatal, o diretor explica que o ideal seria apenas seis internações nos leitos que estão credenciados. De acordo com Toledo, a unidade opera com mais três vagas porque tem capacidade para isso. "Além dos seis credenciados temos mais três autorizados, que estão aguardando apenas a publicação oficial para serem oficialmente registrados", observa. Existem ainda outras duas vagas em um setor de apoio, que dispõe de todos os recursos necessários para o atendimento de casos mais graves e são chamados de Sub-UTI.


Para garantir um melhor atendimento, a Santa Casa está trabalhando em conjunto com a Central de Regulação da Oferta de Serviços de Saúde (Cross), ligada à Secretaria de Saúde do Estado, que, no caso de superlotação pode dar uma retaguarda, encaminhando pacientes para outros hospitais que tenham vagas disponíveis. Segundo Toledo, essa parceria foi estabelecida com a interferência da Secretaria Municipal de Saúde, que depois de várias reuniões com a direção da Santa Casa e representantes do governo estadual, conseguiu promover essa parceria.


O diretor adjunto da Secretaria de Saúde de Mogi, Marcello Cusatis, confirma a informação e destaca os investimentos feitos pela Prefeitura na saúde. Ele observa que a maioria dos casos de internações de risco é de pacientes vindas de outros municípios. "São poucos casos de pacientes de Mogi com complicações na gestação, porque aqui elas são acompanhadas durante o pré-natal nas unidades básicas. E agora temos que comemorar mais um reforço, através do Mãe Mogiana, que disponibilizou mais três médicos para reforçar o atendimento na Santa Casa".


As denúncias de superlotação na Santa Casa foram feitas, na semana passada, pelo presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, vereador Francisco Moacir Bezerra (PSB), o Chico Bezerra. A pedido dele, o Legislativo convidou o secretário municipal de Saúde, Paulo Vilas Boas de Carvalho para participar da sessão da próxima terça-feira, com objetivo de discutir e buscar alternativas para o setor.


Fonte:O Diário de Mogi