Avenida será a nova a opção de ligação entre Mogi das Cruzes e Suzano; confira todos os detalhes do projeto
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Divulgação
Guilherme Georgi vai ligar a Perimetral, na rotatória da rua David Bobrow, com a Henrique Peres, passará ao lado da Vila Estação e terminará na divisa de Mogi com Suzano, na ponte do rio Taiaçupeba
A construção da nova avenida Guilherme Georgi vai eliminar 40% dos problemas relacionados à mobilidade urbana de Mogi das Cruzes, afirma o secretário municipal de Planejamento, João Francisco Chavedar. Com a via, o sistema de transporte público também receberá melhorias, uma vez que os ônibus poderão circular com maior velocidade e os motoristas passarão a ter mais uma opção para se deslocar de Suzano para Mogi das Cruzes. Este corredor viário apresenta trânsito carregado a qualquer hora do dia durante a semana.
Atualmente, os veículos utilizam um único trajeto, a avenida Francisco Ferreira Lopes para chegar até Suzano e vice-versa. "Mogi das Cruzes é uma ótima cidade no aspecto da mobilidade urbana, mas tem alguns gargalos, como as passagens de nível, contudo, o grande problema é a ligação Mogi-Suzano. Com a transposição das linhas férreas, seja por meio de viadutos ou de passagens subterrâneas, mais a avenida Guilherme Georgi, resolveríamos quase todos os problemas no trânsito de Mogi das Cruzes", avalia o secretário.
Outro fator positivo destacado pelo secretário municipal é a expansão do núcleo industrial de Brás Cubas após a construção da avenida. "Esta nova via vai trazer desenvolvimento às regiões por onde passar e, consequentemente, a Prefeitura deve aumentar a arrecadação com tributos", frisou Chavedar.
"A Guilherme Georgi se tornará a principal ligação entre os bairros da região oeste de Mogi das Cruzes e propiciará maior segurança e conforto nos deslocamentos, com a redução de tempo e custo, e, ainda, tornará o sistema de transporte coletivo muito mais eficaz", avaliou o secretário de Planejamento.
Detalhes
A avenida vai ligar a Perimetral, no trecho da rotatória da rua David Bobrow, com a avenida Henrique Peres, passará ao lado da Vila Estação e terminará na divisa de Mogi com Suzano, na ponte do rio Taiaçupeba. Serão cerca de cinco quilômetros de extensão.
O trecho que passa por Brás Cubas (da Perimetral ao rio Jundiaí) será totalmente novo. O projeto prevê calçadas de 3 metros em cada lado; pistas de 10,5 metros de largura, com três faixas de rolamento; defensas de 40 centímetros (estrutura que protegem as ciclovias, uma espécie de guard-rail); faixa central para caminhada ou corrida de 3,4 metros; e duas ciclovias de 2,1 metros. A largura total da nova avenida será de 35 metros.
Já no trecho de Jundiapeba (do rio Jundiaí ao rio Taiaçupeba), a estrutura existente será reformada. As calçadas de ambos os sentidos atingirão 1,5 metros cada; as ciclovias terão 2,5 metros, no sentido Brás Cubas; as pistas, com duas faixas, terão sete metros de largura; e as defensas de 50 cm. A largura total da nova avenida será de 20 metros.
"Se projetássemos o trecho de Jundiapeba com 35 metros, o custo ficaria muito elevado", explicou Chavedar. A obra está orçada em R$ 68 milhões e o tempo de conclusão é de três anos.
Estrutura
O empreendimento contará com paradas de ônibus e acessibilidade universal para portadores de deficiência. A execução também prevê a construção de duas pontes sobre os rios Jundiaí e Taiaçupeba.
O trecho de Jundiapeba terá ligação com o viaduto sobre a linha férrea, mas não há previsão de acesso ao Canudos. A avenida Guilherme Georgi, nova opção que ligará Mogi das Cruzes e Suzano, também faz parte do trecho Norte da chamada Perimetral da Copa, que poderá ligar os bairros da zona Leste de São Paulo, Itaquera e Guaianases, com Ferraz de Vasconcelos, Poá, Suzano e Mogi das Cruzes. O nome foi dado pelo fato de a Arena Corinthians, estádio que está em construção em Itaquera, receber o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014. O projeto foi entregue pelo Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) ao secretário estadual de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, e faz parte do pacote de propostas da Agenda Metropolitana, estabelecida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). O tucano promete realizar grandes investimentos na região. A construção da Perimetral da Copa está orçada em R$ 405 milhões. O secretário municipal de Planejamento, João Francisco Chavedar, revelou que Mogi das Cruzes trabalha com duas possibilidades de concretizar a Guilherme Georgi: por meio de recurso federal (o projeto está no Ministério das Cidades) ou estadual (como parte da Perimetral da Copa). Em Brasília, o processo está adiantado e aguardamos apenas a liberação do financiamento. Com o Estado, teremos uma resposta no dia 30, quando o governador poderá revelar quais são as propostas da Agenda Metropolitana que serão financiadas", detalhou. "A perimetral é plenamente viável para 2014, mas, de todos os trechos dessa via, a única que está com o processo avançado é a nossa parte", salientou Chavedar, um dos responsáveis por elaborar as propostas do Condemat. Rodoanel Além do acesso ao estádio da Copa do Mundo, a Guilherme Georgi também será uma importante ligação com o trecho Leste do Rodoanel. No entanto, para que o plano se concretize, será necessário executar uma série de adaptações no trecho da cidade de Suzano. "A responsabilidade de adequar a passagem ao lado da estação de trem de Suzano (ponto onde a Guilherme Georgi vai ligar) será do consórcio que venceu a licitação do Rodoanel Leste. Uma espécie de contrapartida. A Prefeitura daquela cidade também terá de resolver as questões do entorno, caso contrário, todo o fluxo de veículos que passará pelo local para pegar ao Rodoanel vai gerar congestionamentos diários", explicou Chavedar. O trecho Leste do Rodoanel terá 43,5 quilômetros de extensão que, de acordo com o projeto, cortará Mauá, Ribeirão Pires, Poá, Suzano Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos e Arujá. O único acesso urbano ao Rodoanel na região ficará entre os municípios de Suzano e Poá, onde haverá a interligação com rodovia Henrique Eroles. (C.L.) A construção do viaduto sobre a linha férrea em Jundiapeba vai estabelecer o cronograma de trabalhos de extensão da avenida Guilherme Georgi. Segundo o secretário municipal de Planejamento, João Francisco Chavedar, caso a transposição tenha início primeiro que a via, as adaptações e reformas do trecho que passa por Jundiapeba terão prioridade. Chavedar lembrou que o projeto da avenida está no Ministério das Cidades, já foi aprovado, mas aguarda a liberação do financiamento da linha de crédito específica para melhorias na mobilidade urbana. O repasse da verba (R$ 68 milhões) não está fracionado, porém, se houver um pedido do governo federal, "não haveria nenhum problema em executar a obra em fases". "Inicialmente, os serviços em ambos os trechos serão simultâneos, mas podem sofrer alterações", disse. "A Prefeitura tem capacidade de endividamento para esta obra. A última visita do prefeito (Marco Bertaiolli, do PSD) a Brasília foi justamente para tratar deste assunto. A expectativa é que a liberação ocorra ainda este ano", disse. Desapropriações A administração municipal deverá arcar com um valor muito baixo com as desapropriações para a construção da Guilherme Georgi. "Estamos negociando os terrenos por troca de dívidas com tributos municipais. Há algumas famílias em Jundiapeba, mas todas deverão sair por meio de processos amigáveis", garantiu. "Nenhuma casa será demolida. O que pode haver são desapropriações parciais e pequenas", disse o secretário municipal. Ele explicou que o valor investido para adquirir os locais por onde a avenida vai passar será definido somente após a liberação do recurso para as obras. (C.L.)
Fonte:Mogi News
