Pozzani: "Acrescentaremos o que eles não tiveram como avaliar"
O fato de a localização do terreno onde a construtora Queiroz Galvão pretende instalar um aterro sanitário, no distrito do Taboão, em Mogi das Cruzes, estar dentro da rota de aviões deve ser o principal argumento técnico apontado no relatório do movimento organizado contra o Lixão que deverá ser protocolado na Secretaria de Estado do Meio Ambiente. O documento deve ser concluído no próximo dia 21 durante encontro na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da cidade. As informações são do engenheiro Orlando Pozzani, responsável pela elaboração dos apontamentos técnicos do estudo.
Para o engenheiro, este é um dos principais fatores que implicam na inviabilidade da instalação do aterro no Taboão. O problema, segundo ele, é que a informação não consta no Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima), documento que serviu de base para a análise feita pela Falcão Bauer, empresa responsável pela elaboração do relatório contratado pela Prefeitura de Mogi e que contesta a possibilidade de instalação do aterro no distrito industrial.
Para poder erguer os apontamentos do novo relatório, que provavelmente irá somar ao da Prefeitura, Pozzani teve que ler repetidas vezes o estudo da Falcão Bauer. "Estou em fase de redação e revisão para que no dia 21 possamos (membros do movimento) juntar o que foi levantado", disse.
Os membros do movimento resolveram no último dia 30 criar um novo relatório para reforçar o que foi entregue pela Falcão Bauer com informações que não constam no EIA/Rima do aterro proposto. "O relatório da Falcão é muito consistente e bom. O que iremos acrescentar é o que eles não tiveram como avaliar pelo EIA/Rima. Um desses detalhes, sem dúvida, é a rota dos aviões, que não consta na proposta da Queiroz Galvão", afirmou.
Enquanto Pozzani cuida da parte técnica deste novo relatório, outros membros do movimento tratam de questões ambientais, jurídicas e antropológicas referentes à implantação do aterro. (W.A.)
Fonte:Mogi News
