quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Abastecimento Semae terá de investir R$ 215 milhões até 2040


Noemia Alves
Da Reportagem Local
Para garantir o abastecimento pleno da cidade pelos próximos 30 anos, o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) terá de investir ao menos R$ 215,618 milhões na implantação de novas redes, reforma e construção de estações elevatórias, além da otimização no serviço de captação e controle de perda de água, que atualmente atinge o índice de 55%. 
É o que propõe o Plano Diretor de Águas realizado pela Proespan Consultoria, sob encomenda da autarquia. O estudo, detalhado em dois volumes de quase 200 páginas cada, foi apresentado ontem à Comissão Especial de Vereadores da Câmara e traz um raios X da infraestrutura atual do Semae e um plano de ação de curto, médio e longo prazo, ou seja, até 2040. A Proesplan trabalha com um projeção de que, em 30 anos, a população em Mogi seja de 540 mil habitantes, o que foi contestado pelos vereadores e deve ser reavaliado.


De imediato, isto é, até 2015, a proposta é para que a autarquia amplie o sistema de captação de água na Pedra de Afiar, no Cocuera, com a aquisição de um terceiro conjunto de bombas para atuar como reserva (hoje são dois conjuntos com duas bombas para produção de 850 litros por segundo), reativação de sistema de tratamento de água, com instalação de reservatórios na Estação Leste, e ampliação da Estação de Tratamento na Otto Unger, além da reforma e ampliação das estações existentes, o que deve demandar algo até R$ 20 milhões. De 2020 a 2040, seriam necessários investimentos para ampliar redes de abastecimento para a região leste da cidade, como, por exemplo, o Conjunto Jefferson e Sabaúna, além de aumentar o número de reservatórios e novas redes na Vila Moraes e em Jundiapeba, para atender a parte alta de Brás Cubas, diminuindo com isso a dependência da Sabesp. 
A maior parte dos investimentos e que pode ser feita em curto e médio prazo, segundo a Proesplan, é a substituição dos hidrômetros para controlar a perda de 55% na produção de água. Para isso, seriam necessários investimentos de R$ 54 milhões. "Na realidade, a perda de água do Semae está ligada a diversos fatores, não somente os hidrômetros. Também envolve substituição de tubulações antigas, combate a ligações clandestinas, ter redes segregadas e, ainda, melhor controle do abastecimento industrial", frisou o engenheiro Vitor Odilmar Morgato. "Contudo, por se tratar de uma autarquia antiga, de mais de 30 anos, que nunca teve um Plano Diretor, de fato, a troca de hidrômetros é essencial. Afinal, esses equipamentos têm vida útil de cinco anos", reforçou Morgato. Outra medida urgente, na avaliação dele, é de investimentos para reduzir "o quanto antes" a dependência da Sabesp, o que seria possível com estações elevatórias (reservatórios) na Vila Moraes e Oroxó. 
O diretor geral do Semae, Marcus Melo, garantiu ontem que parte do Plano Diretor de Águas, que será apresentado para votação na Câmara Municipal e pode ser incluído no Plano Diretor da cidade, já está sendo realizado. "Temos R$ 10,4 milhões para ser liberados pela Caixa Econômica", informou.


Fonte:Mogi News