quarta-feira, 13 de julho de 2011

Vereador quer consulta sobre nome de rua. E o zoneamento?

O vereador Protássio Ribeiro Nogueira (DEM) é o autor de um projeto de lei, no mínimo interessante, atualmente em tramitação pelas comissões permanentes da Câmara. Segundo a proposta, qualquer mudança em denominação de ruas ou outros pontos da Cidade "dependerá de pleito de mais de 60% de moradores dos imóveis neles situados, através de abaixo-assinado do qual constem nome completo, número da respectiva identidade e indicação dos endereços das pessoas que o subscreverem", ficando a autenticidade do documento e endereços, assim como aferição da porcentagem a cargo do vereador que vier a propor tal mudança". Protássio reconhece que o festival de alterações de nomenclaturas de vias ou logradouros vem sendo recebido com restrições pelos moradores. "São frequentes as reclamações de moradores de vias que, após décadas, têm o seu nome alterado, são raras vezes para agradar algum familiar de pessoa falecida", confessa o vereador, atestando que já se viu obrigado a retirar projetos semelhantes por conta da inesperada reação de habitantes, que se sentiam incomodados pelos problemas causados por uma mudança desse tipo. A ideia da consulta chega a ser interessante, se aplicada também a outras mudanças protagonizadas pelos nobres edis, como o zoneamento por exemplo. Mas que não seja feita na base da cabala de assinaturas, mas a partir de uma discussão mais ampla entre os moradores para que as propostas possam ser debatidas mais diretamente e as pessoas possam saber o que costuma estar embutido nessas reivindicações. Quase sempre estão em jogo interesses que vão muito além do que é inicialmente colocado e cujos efeitos só serão sentidos bem mais à frente pelos atingidos por tais mudanças. Não será surpresa se a proposta de Protássio vier a ser aprovada. Os vereadores costumam preferir o argumento isolado do abaixo-assinado à discussão mais ampla com os representantes da comunidade a ser afetada pela alteração. Seja de um simples nome de rua, como do zoneamento. Por tudo que já aconteceu até agora em discussões semelhantes, que terminaram no MP e na Justiça, a lição já deveria ter sido aprendida. Mas, pelo visto, ainda não foi.


Rodoanel – 1


Com o título "Os filhos do Rodoanel", o jornal Diário do Grande ABC publicou, no último domingo, uma interessante reportagem, onde mostra que além de um rastro de destruição no meio ambiente, a construção do Trecho Sul do Rodoanel deixou uma grande quantidade de crianças sem pais, em bairros próximos dos canteiros de obras.


Rodoanel – 2


"São os chamados filhos do Rodoanel, meninos e meninas que têm entre 1 e 2 anos e mães que foram abandonadas pelos operários durante a gravidez". Que sirva como alerta às famílias e autoridades para que realizem um trabalho de prevenção e esclarecimento na Região. Afinal, as obras do Trecho Leste vão começar, em breve, pela região de Suzano, Arujá e adjacências.


Sesi


A direção do Serviço Social da Indústria (Sesi) e a Prefeitura continuam à procura de área para a construção de duas novas escolas na Cidade. A princípio, seria uma na Vila Industrial e outra em César de Souza. Mas não está definitivamente afastada a hipótese de o Sesi unificar as duas escolas em um só estabelecimento para receber estudantes de ambas as localidades. Esta ideia, do presidente Paulo Skaf, foi rechaçada, de pronto, pelo prefeito Marco Bertaiolli (DEM). E tudo continua enrolado.


Parque


Será assinado hoje o contrato de empréstimo do Governo do Estado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor de R$ 202,4 milhões para a primeira etapa do projeto Parque Várzeas do Tietê, a ser implantada no trecho de 25 km entre o Parque Ecológico do Tietê e a divisa de São Paulo com Itaquá. O investimento total será de R$ 349,7 milhões.


Fonte:O Diário de Mogi