quinta-feira, 28 de julho de 2011

Demora Hospital negligencia atendimento ao editor-chefe do Mogi News

Somente depois de muita pressão, Ipiranga providenciou exame de ressonância, fundamental para o caso
Vivian Turcato
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Hospital Ipiranga tem sido alvo de queixas relacionadas à falta de estrutura e de equipamentos
A burocracia no atendimento oferecido pelo Hospital Ipiranga e pelo convênio médico Amil Assistência Médica pode resultar em graves danos à saúde dos pacientes que procuram a unidade. O editor-chefe do Grupo Mogi News, Márcio Siqueira, permaneceu seis dias internado no local sem conseguir realizar uma ressonância magnética ou obter vaga em um hospital de São Paulo que teria estrutura para o exame.


Somente após grande mobilização de autoridades de Mogi e da Imprensa, Siqueira seria encaminhado, na noite de ontem, a uma clínica médica para realizar o exame, ainda incerto em razão da demora do Ipiranga. Ainda assim, mesmo que não fosse feito o exame em Mogi, em seguida, ele seria transferido para o Hospital Paulistano, na capital. Segundo a sogra do jornalista, Maria Cecília Meira, o sofrimento da família começou logo no primeiro dia de atendimento no Ipiranga. "Foi uma coisa impressionante o atendimento prestado", criticou.Siqueira foi por três dias consecutivos ao pronto-socorro do hospital se queixando de fortes dores de cabeça. Nas três vezes ele saiu de lá "dopado". Na quinta-feira da semana passada, após ter sido medicado diversas vezes com morfina e ter sido analisado por três médicos, o jornalista foi encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). "Somente o terceiro médico percebeu que o caso era grave", disse Maria Cecília.


Na sexta-feira, a equipe médica realizou uma drenagem de liquor na cabeça do jornalista, diagnosticado com hidrocefalia. "Neste momento, 57% do cérebro já estava tomado pelo derrame", lembrou. No entanto, na noite da véspera do feriado de Santana, a família denunciou que não havia um médico no hospital. No dia seguinte, uma nova drenagem foi realizada. Desde então, a família começou a pressionar o Ipiranga e a Amil para a transferência do jornalista para um hospital de São Paulo, já que os médicos informaram que a realização de uma ressonância magnética seria fundamental para a conclusão do diagnóstico de Siqueira.


Fonte:Mogi News


A família do jornalista entrou em contato diretamente com o diretor do Ipiranga e representante da Amil no Alto Tietê, o médico Sidnei Mori. No entanto, a alegação do diretor foi de que em nenhum hospital de São Paulo havia vaga para transferência. Somente após a interferência de várias autoridades e da Imprensa, uma vaga no Hospital Paulistano foi reservada ao jornalista. 
O exame, porém, estava indefinido até por volta das 22 horas de ontem em razão, segundo informações da família, da demora do Ipiranga em liberar o pedido. 
Para o diretor presidente do Grupo Mogi News, Sidney Antonio de Moraes, o tratamento destinado ao jornalista foi precário. "É uma total falta de competência e de interesse para com a vida de um paciente. O doutor Sidnei Mori só fica na promessa e não resolve nada", criticou.


O amigo da família, José Miguel Hallage, ressaltou que por causa dessa burocracia o estado de Siqueira pode ser afetado. "Essa demora pode gerar sequelas. Se ele está estável há tempos, a transferência já deveria ter acontecido", argumentou. É a mesma opinião do secretário-adjunto de Saúde de Mogi, Marcello Cusátis. "Estamos todos preocupados com o estado do Márcio. A transferência tem de ser rápida", analisou. 
O Mogi News apurou que essa situação do atendimento ao público no Ipiranga e problemas referentes à falta de estrutura e de equipamentos médicos são constantemente alvos de críticas de familiares e pacientes. O jornal procurou o diretor do hospital, mas até o fechamento desta edição não houve retorno.


Fonte:Mogi News