Caso não haja entendimento à vista entre o vereador Mauro Araújo e o comando local do PSDB, o atual presidente da Câmara de Mogi já tem pelo menos um porto seguro e garantido dentro da política local. Ontem, pela manhã, o presidente do Diretório Municipal do PMDB, vereador Geraldo Tomaz Augusto, garantiu à coluna que as portas de seu partido estão "escancaradas" para Araújo. "O Mauro é um parceirão", afirmou Geraldão, emendando, de pronto: "Se o PSDB não o quiser, o PMDB quer". Antes disso, entretanto, afirma o presidente, que Araújo deverá conversar primeiro com os tucanos, "mas se puder sair livremente, não tem problema: o PMDB o acolhe". Tal ingresso, diz Geraldão, seria fundamental para os planos do partido de eleger cinco vereadores nas eleições municipais do próximo ano. Araújo poderia ir até mais longe. Afinal, a direção regional peemedebista já decidiu que em todos os municípios onde há um canal de televisão, como a TV Diário, afiliada da Rede Globo, o partido deverá contar com candidatura própria. "Se ele desejar, pode sair candidato a prefeito", diz Geraldão, ressalvando que, antes de uma decisão como essa, o nome de Araújo teria de ser submetido à cúpula do PMDB, formada pelo presidente regional Baleia Rossi, o secretário Jorge Caruso, e aos medalhões Michel Temer e Francisco Rossi. Para o presidente da Câmara, com espaço cada dia menor entre os tucanos, tal alternativa já vem sendo estudada. Araújo e Geraldão já conversaram sobre isso e, em entrevistas, Araújo prepara caminho para uma possível mudança, sob alegação de estar sendo "excluído" pelo Diretório do partido, que não lhe deu apoio na disputa pela Presidência da Câmara e nem o teria convidado para a Convenção do último domingo. Tais alegações podem abrir caminho para uma transferência sem traumas, já que a legislação permite transferência quando se prova que o político é considerado persona non grata dentro da agremiação à qual está filiado.
Fonte: O Diário de Mogi
