segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Amigo da Dilma

Amigo da Dilma


Palavra do deputado federal Valdemar Costa Neto (PR), o Boy, dada ao repórter Willian Almeida, sobre a aprovação do novo salário mínimo, no valor de R$ 545: "Foi a vitória da verdade. A vitória do estabelecimento de uma política previamente definida para o salário mínimo. Foi a vitória de uma base sólida do governo que trabalha pelo êxito do Brasil, pelo êxito do governo da presidente Dilma."



Junji na oposição
Palavra do também deputado federal Junji Abe (DEM):"É preciso acabar com o conceito equivocado de que salário é despesa. Salário não é despesa. É investimento". E para arrematar: "O principal a ser feito para ajustar as contas é enxugar a gigantesca máquina administrativa federal".
Adriano Vaccari


Branco e preto
Diante das duas posições expressas ao Mogi News, uma conclusão: enquanto Boy investe no governismo, apostando na ampliação de sua influência e de seu partido no governo Dilma Rousseff, Junji entra com tudo na oposição a ela e seu grupo.


Filhos da Dilma
Boy deve continuar no situacionismo, onde permanece desde 2003; Junji, agora oposicionista de carteirinha, pode, no entanto, realinhar-se, invertendo o polo da oposição total para uma oposição light ou, ainda, para o governismo. Isso depende da resolução da saída ou não do prefeito da capital, Gilberto Kassab, do DEM, e de seu grupo, composto, inclusive, por Junji. Março é o prazo final para que os pingos "kassabistas" sejam colocados definitivamente nos "is" de Dilma.
Divulgação


Reaproximação
Outra hipótese aventada nos últimos dias para Junji é a do realinhamento do deputado ao grupo do governador Geraldo Alckmin (PSDB), relembrando os velhos tempos de colaboração e admiração mútua entre os dois. 


O seguro...
Nesse caso, Junji permaneceria, ao lado de outros políticos, dentro do DEM, mesmo com a saída de Kassab e do prefeito Marco Bertaiolli. Herdaria o bom tempo de TV do partido e seria "adotado" de volta por Alckmin, que iria, então, escancarar as portas do governo do Estado a todos os ex-pefelês que sobrarem. Junji continuaria na oposição a Dilma - e não teria sequer um sorriso do governo federal -, mas seria situação no Estado - abocanhando a preferência nos escaninhos do Palácio dos Bandeirantes.




...morreu de velho
Uma coisa é certa: Junji, que toda vida foi situação, não irá insistir em fazer oposição federal, se não tiver o porto seguro estadual à sua disposição. É esperar para conferir.




Olho vivo
Seja qual for o destino de Kassab, engana-se quem acha que o grupo de Bertaiolli ficará para trás do PR em reforços para a nova composição da Câmara, que passará de 16 cadeiras para 23. Há tempos, o prefeito se concentra na meta de reeleger os atuais 16 vereadores e colocar mais sete parlamentares alinhados a ele.
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Leque partidário
Em apoio à sua própria reeleição, Bertaiolli deverá ter o DEM - talvez o novo PDB, de Kassab ou o PSB, se houver fusão - o PMDB, de Marcello Cusatis, e seu extenso tempo de TV; o PR, de Boy; o PV, de Romildo Campello e Flávio Isaías Rodrigues; o PDT, de Odete Sousa; o PTB, de Olimpio Tomiyama, pelas mãos do deputado Campos Machado; o PTdoB, de Emília Rodrigues e outras legendas de menor expressão, num leque ainda maior do que em 2008, quando monopolizou o horário eleitoral gratuito.