terça-feira, 18 de agosto de 2020

rede municipal: Conselho se mostra inclinado a suspender aulas neste ano

Órgão municipal ficou ciente de que, mesmo sem o estudo presencial, alunos continuarão a receber a merenda

Durante reunião com a Secretaria Municipal de Educação, o Conselho Municipal de Educação se mostrou inclinado a se posicionar contrário ao retorno das aulas da rede municipal ainda neste ano, devido à pandemia da Covid-19. Esta foi a impressão da secretária municipal, Juliana Guedes, no primeiro encontro da Pasta com o grupo que representa os diversos segmentos da sociedade no setor da Educação.

Tal inclinação para que não haja aulas presenciais na rede pública municipal em 2020 se deu, principalmente, após a apresentação do plano de disponibilização de alimentos às crianças da rede básica, que vai garantir, mesmo sem o retorno das aulas, refeição às crianças atendidas. Também pesou para essa primeira percepção o resultado da pesquisa realizada com a sociedade sobre o retorno presencial das aulas - a qual quase 90% se mostraram contrários à volta em 2020.

Conforme explicou a secretária de Educação, o peso do posicionamento do Conselho Municipal de Educação é de grande importância para a tomada de decisão sobre o tema. "O Conselho Municipal representa a cidade, é um peso de 50%", completou Juliana Guedes.

Em relação à alimentação das crianças, uma das principais preocupações do Conselho Municipal, visto que há diversas famílias que são abastecidas pela merenda distribuída nas escolas, o grupo de conselheiros se mostrou satisfeito com as iniciativas da administração municipal. "Eles (conselheiros) perguntaram bastante sobre os kits de alimentos e esse tema tomou boa parte da reunião", contou Juliana, sobre o encontro realizado ontem. "Se as crianças estão assistidas na questão alimentar, eles entendem que não há a necessidade de retorno das aulas neste ano. Enquanto continuarmos a entrega dos kits, eles ficam mais tranquilos quanto ao retorno das aulas", explicou.

Já a pesquisa que foi feita com os pais dos alunos e demais envolvidos na questão sobre o retorno das aulas ainda neste ano, realizada na primeira semana deste mês, apresentou o expressivo resultado de 89% dos participantes se mostrando contrários à retomada presencial. Foram computados 27.044 votos, sendo a maior parte deles no primeiro dia de votação. Do total, 24.131 foram contrários ao retorno das aulas neste ano (89%), enquanto apenas 2.913 (11%) se mostraram favoráveis. Na segunda pergunta - se os pais enviariam seus filhos à escola neste ano -, o cenário foi semelhante. Foram 24.093 (89%) participantes afirmando que não encaminhariam seus filhos e 2.951 (11%) que disseram que enviariam. Do total de votos, 74% são de pais e responsáveis de alunos, 15% da comunidade em geral, 8% de funcionários da rede municipal e 3% de estudantes.

Para ofertar a segurança alimentar, a Secretaria de Educação e a Prefeitura estudam ampliar o plano. Primeiramente com a inclusão de ovos nos kits de alimentação e, em paralelo, a entrega quinzenal das cestas que atualmente são disponibilizadas mensalmente.

Outras reuniões com o Conselho Municipal da Educação serão realizadas para que a Prefeitura tome a decisão definitiva sobre retorno das aulas presenciais neste ano.

Juliana: 'Conselho tem um peso de 50% na decisão'

Prefeitura estuda entrega quinzenal da cesta básica, que hoje é feita mensalmente

Fonte:Mogi News