segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Região: Ciesp aponta prejuízos para indústria com pedágio na Rodovia Mogi-Dutra

Conselho Diretor critica proposta em reunião que abordou também a fiscalização tributária
Por da Região28 OUT 2019 - 12h00

Ciesp aponta prejuízos para indústria com pedágio na Mogi-Dutra
Foto: Mara Flores/Ciesp


A implantação de um pedágio na Mogi-Dutra, prevista no projeto de concessão da Rodovia apresentado nesta semana pela Artesp (Agência de Transportes), foi duramente criticada pelos integrantes do Conselho Diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). Em reunião na última semana, os empresários alertaram para os prejuízos que a medida pode gerar para as indústrias que funcionam na região.

Segundo os integrantes do Conselho Diretor, um pedágio na Mogi-Dutra, nas proximidades da Estrada da Moralogia, vai dividir a cidade de Mogi das Cruzes e provocar, entre outros complicadores, o isolamento do Distrito Industrial do Taboão, uma das principais apostas para o desenvolvimento da região.

Os diretores lembraram que a Mogi-Dutra foi aberta justamente para propiciar o desenvolvimento do eixo norte da cidade e fazer a sua ligação com a Rodovia Presidente Dutra que, quando construída na década de 50, deixou Mogi isolada.

“A implantação de um pedágio vai gerar um novo isolamento. Lutamos tanto pela melhoria e desenvolvimento do Taboão para que mais empresas se instalem e gerem empregos. Se o pedágio for instalado tudo fica comprometido e a Região deixa de ser atrativa. A situação econômica do País já é ruim, mais uma tarifa representa aumento do custo de transporte para as empresas e ninguém suporta isso”, pontuou o diretor do Ciesp Alto Tietê, José Francisco Caseiro.

A discussão sobre a proposta de pedágio na Mogi-Dutra ocorreu durante a reunião do Conselho Diretor do Ciesp que abordou  a questão da fiscalização tributária, tema bastante complicado para as empresas que já sofrem com uma das cargas tributárias mais altas do mundo.

A advogada Kelly Montezano, da Camargo Advogados, abordou vários aspectos inerentes à fiscalização, desde o tempo de prescrição até o fato do Estado se valer de empresas de cobranças e até delegacias de Polícia para receber tributos em atraso. Ela também compartilhou dicas sobre o atendimento dos fiscais e como monitorar as notificações.

Fonte: Diário de Mogi