Foto: Felipe Claro
Ação de assistência às vítimas da Escola Raul Brasil começou logo após o atentado
A Secretaria de Estado da Saúde contratará 47 psicólogos, por meio de convênio com a Fundação Faculdade de Medicina (FFM), para o atendimento de vítimas do atentado na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, em março deste ano, que provocou a morte de oito pessoas além dos dois responsáveis pelo crime.
Vale destacar que serão repassados mais de R$ 2,2 milhões à FFM, em oito parcelas. O convênio foi publicado no Diário Oficial de ontem. Haverá um processo para a seleção dos profissionais, que deverão passar por análises curriculares e prova escrita, além de entrevistas.
Os selecionados serão alocados em serviços públicos de saúde e educação, incluindo a própria unidade de ensino, a Diretoria de Ensino regional e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de Suzano. Os psicólogos passarão por capacitação para atendimento à demanda local e definição de projetos terapêuticos singulares, conforme a necessidade de cada paciente.
"A contratação reforça todo o trabalho que temos feito para apoiar o município de Suzano, desde a data dessa tragédia, refletindo o compromisso de auxiliá-los no processo de acolhimento e atendimento psicológico às vítimas", salientou o secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann Ferreira. A vigência inicial do convênio é de oito meses e poderá ser prorrogada, conforme a necessidade.
Trabalhos
Em 13 de março de 2019, a Secretaria da Saúde enviou profissionais de Psicologia e Psiquiatria a Suzano para apoio imediato às vítimas da tragédia. As equipes permaneceram à disposição do município para todo suporte e a pasta seguiu articulando estratégias, com a Secretaria de Estado de Educação e a prefeitura de Suzano, para atendimento prioritário às pessoas diretamente afetadas pela ocorrência na escola.
Desde então, têm ocorrido ações integradas de assistência psicológica a alunos, professores e funcionários da escola de Suzano, por meio de parceria voluntária com o Centro de Referência e Apoio a Vítima (Cravi), da Secretaria da Justiça e Cidadania, Instituto de Psicologia da USP, Unicamp, Conselho Regional de Psicologia (CRP) e dos Centros de Atendimento Multidisciplinar (CAM) da Defensoria Pública.
Semanalmente, os órgãos envolvidos fazem reuniões para alinhamento das ações coordenadas pelo governo do Estado. O trabalho integrado reúne cerca de 40 profissionais que têm realizado ações diariamente na unidade de ensino, como grupos de formação de vínculo, de cidadania, rodas de conversa e escuta individualizada, quando necessário.
Fonte:Mogi News
