sábado, 16 de fevereiro de 2019

Brasília: Bebianno deve ser exonerado do cargo

Após passar dois dias sendo ignorado pelo presidente da República, o ex-homem de confiança de Bolsonaro deverá ser demitido neste fim de semana
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil


Bebianno afirmou que não pediria demissão, atitude deveria partir de Bolsonaro
Depois de dois dias na "geladeira", o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, foi recebido ontem pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), mas sua permanência no cargo ainda é incerta. Interlocutores do governo não descartam que Bebianno seja demitido do cargo até segunda-feira. A reunião foi descrita como "ríspida". Porém, nas palavras de um amigo do ministro, "foi um encontro necessário".
Pessoas próximas a Bebianno afirmaram que caso a demissão se confirme o ministro sairá "atirando". Ele era presidente do PSL durante a campanha presidencial e coordenou a candidatura de Bolsonaro.
Como compensação à saída do governo, a Bebianno foi oferecido um cargo na máquina federal fora do Palácio do Planalto. Ao desabafar ontem com integrantes do governo, o ministro disse que "não se dá um tiro na nuca do seu próprio soldado". "É preciso ter o mínimo de consideração com quem esteve ao lado dele o tempo todo", afirmou Bebianno, segundo o site G1.
Antes da reunião com Bolsonaro, ele chegou a ser comunicado pelos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Alberto Santos Cruz (Secretaria de Governo) de que permaneceria no cargo Não houve, no entanto, qualquer manifestação oficial sobre o assunto.
No encontro estavam alguns dos principais defensores de Bebianno nos últimos dias: o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, Onyx e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno.
Integrantes do governo e do Legislativo argumentavam que a saída de Bebianno neste momento poderia atrapalhar a tramitação da reforma da Previdência no Congresso, prioridade de Bolsonaro no momento.

Fonte:Mogi News