terça-feira, 1 de agosto de 2017

Cerca de 30 pessoas estiveram presentes na primeira reunião do grupo. (Foto: Eisner Soare

QUADRO DESTAQUE:
Movimento Viva o Centro pretende debater a segurança e o trânsito na área central

 1 de agosto de 2017  QUADRO DESTAQUE  
Cerca de 30 pessoas estiveram presentes na primeira reunião do grupo. (Foto: Eisner Soares)
Cerca de 30 pessoas estiveram presentes na primeira reunião do grupo. (Foto: Eisner Soares)

SILVIA CHIMELLO
A segurança e a ampliação de vagas de estacionamento foram as duas principais demandas discutidas ontem, na primeira reunião do Movimento Viva o Centro, com a participação de cerca de 30 pessoas. O grupo pretende encaminhar as demandas aos órgãos públicos, e participar discussões sobre os projetos da Prefeitura para a área.

O grupo pretende fortalecer o Viva o Centro por meio da criação de um grupo nas redes sociais.

O veterinário Marcelo de Oliveira Lima conta que a ideia nasceu depois que a Prefeitura decidiu “sequestrar” as vagas de carros da Rua Coronel Souza Franco, contrariando a opinião de comerciantes.

“Outro fator que incomoda é o aumento dos roubos e furtos”, destaca Marcelo, que se inspirou em um movimento semelhante, existente em São Paulo. Ele visitou mais de 120 estabelecimentos para falar sobre a proposta.

“Alguns problemas persistem há anos, como o caso de falta de estacionamento. Mas, hoje uma das maiores preocupações é com o aumento crescente dos números de roubos, sem a adoção de nenhuma medida para inibir a ação de bandidos”, comenta Lima. Ele citou sete ocorrências registradas a partir de junho apenas de comerciantes próximos.

A proprietária de um café, Tatiane Nascimento Silva está entre as vitimas. Ela conta que o furto em seu estabelecimento aconteceu após quatro dias da inauguração. “Tinha projetos para funcionar até mais tarde, mas diante da falta de segurança, sou obrigada a fechar as 18 para evitar problemas”.

O comerciante Wilson Hanada, outro que sofreu com ataque de bandidos, cobra eficiência nos resultados das investigações.

O comerciante Claudinei Cipollin afirma que a transformação de ruas em corredores de passagem de carros prejudica os estabelecimentos e desestimula investimentos. Ele cita como exemplo o grande número de estabelecimentos fechados em ruas como a Ricardo Vilela e Braz Cubas.

“Seria maravilhoso se o Centro fosse transformado em um shopping a céu aberto, mas desde que a Prefeitura encontre alternativas para os estacionamentos, que não seja os particulares”. Na opinião dele, a Prefeitura não pode tomar decisões antes de consultar os interessados e oferecer saídas. “Temos que nos aproximar da Administração para debater assuntos, como o uso das nossas praças. Hoje elas não são frequentadas pelas famílias. O melhor, então, seria encarar o problema, revitalizar esses espaços e construir estacionamentos subterrâneos. A solução existe, basta quer fazer”, sugere.

A reunião contou com a presença de representantes de outras entidades, profissionais liberais e políticos, como o vereador Pedro Komura (PSDB).

Fonte:O Diário de Mogi