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Empresa tem cerca de 500 milhões de litros de água desviados durante um ano
Ao longo do ano passado, 2.388 furtos de água foram registrados no Alto Tietê. Isso representa uma média de 199 fraudes por mês ou cerca de seis irregularidades cometidas diariamente. Os dados são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e incluem os flagrantes registrados nas cidades de Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá, Salesópolis, Suzano e bairros da divisa de Mogi das Cruzes.
Ainda segundo a autarquia, o montante contabilizado em 2016 é 1,5 % maior que o registrado em 2015, quando 2.351 irregularidades foram flagradas.
Ao todo o volume de água desviado por meio dessas ligações clandestinas equivalem a aproximadamente 500 milhões de litros de água. A quantidade é suficiente para abastecer por um mês uma cidade com mais de 150 mil habitantes.
Questionada sobre as medidas que estão sendo adotadas para reduzir esse índice de perdas, causadas em decorrência desta prática ilegal, a Sabesp informou que tem intensificado a fiscalização das ligações. "Para identificar as fraudes, trabalhamos com o apoio da polícia e com equipes da empresa que monitoram o consumo e vistoriam os imóveis", respondeu em nota.
O órgão estadual destacou ainda que, para combater a prática irregular, conta com o auxílio da população. "Os próprios moradores podem relatar casos suspeitos pelo 195 ou pelo Disque-Denúncia (telefone 181), cuja chamada é gratuita e não exige a identificação de quem está dando as informações".
Quando flagrada a irregularidade, a companhia cobra retroativamente a tarifa pela água furtada e pelo esgoto coletado. O responsável pela fraude responde por crime de furto e pode pegar até oito anos de detenção.
Região Metropolitana
O número de boletins de ocorrência por furto de água registrados pela Sabesp no ano passado, em toda a região metropolitana de São Paulo, cresceu 477% no comparativo com 2013, ano anterior ao início da crise hídrica.
Para a autarquia, a elevação é consequência, em grande parte, ao início das operações conjuntas entre a companhia e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e também a contribuição constante da população.
Fonte:Mogi News
