sexta-feira, 10 de junho de 2016

Mais 15 anos: Vida útil do cemitério da Saúde pode ser ampliada

A implantação de valas coletivas provisórias no cemitério da Saudade, em Brás Cubas, é vista como uma possível solução para o problema da falta de sepulturas no município
Foto: Daniel Carvalho


Proposta foi apresentada ontem em reunião da Comissão Especial de Vereadores
A implantação de valas coletivas provisórias no cemitério da Saudade, em Brás Cubas, é vista como uma possível solução para o problema da falta de sepulturas no município. Com a medida, seria possível prorrogar por até 15 anos a vida útil do campo-santo.
A sugestão foi apresentada ontem pelo secretário municipal de Planejamento e Urbanismo, João Francisco Chavedar, durante reunião da Comissão Especial de Vereadores (CEV) dos cemitérios. A possibilidade, segundo ele, é resultado de um estudo realizado por um grupo de trabalho criado em 2007 para discutir essa questão.
Com a implantação desse modelo de sepultura, que já é utilizado em cidades como Santo André e São Bernardo do Campo, é possível enterrar até seis mortos no espaço em que hoje é sepultado apenas um. Isso porque a estrutura funciona com uma espécie de gavetas, de forma que, quando um corpo completar o tempo de decomposição, é possível removê-lo e colocar outro no local.
Já para o cemitério São Salvador, no Parque Monte Líbano, a sugestão é reaproveitar as sepulturas abandonadas. "Uma das propostas é que a prefeitura estude uma maneira de acionar os proprietários dessas sepulturas perpétuas que estão em estado de abandono, para que façam a manutenção delas, e caso isso não seja feito, achar uma medida jurídica ou judicial para que elas retornem à administração pública e possam ser transformadas em sepulturas provisórias ou até mesmo em perpétuas, fazendo um leilão ou um chamamento público", explicou Chavedar.
No entanto, segundo o secretário, mesmo que essas medidas sejam adotadas, não está extinta a necessidade da criação de um novo cemitério. "Isso tudo dá para ser implantado dentro de um ano ou pouco mais. Enquanto que escolher a área para um novo cemitério, depois fazer estudos ambientais, licitar e implantá-lo, é algo que vai levar uns sete ou oito anos".
O presidente da CEV, vereador Taubaté Guimarães (PMDB), avaliou de maneira positiva os pontos abordados pelo secretário. "Ele é um técnico exemplar e conhece Mogi como poucos. Realmente o poder público tem que pensar no coletivo e não no individualismo. Portanto as sugestões dadas serão muito bem destacadas em nosso relatório", destacou.
A CEV convocará os administradores dos cemitérios São Salvador e Saudade para uma nova reunião a ser realizada na próxima quinta-feira. O objetivo é esclarecer alguns questionamentos a cerca da situação das necrópoles. Além disso, um ofício foi encaminhado à prefeitura para que sejam dados esclarecimentos sobre a regularização do cemitério de Sabaúna.

Fonte:Mogi News