quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Mogi tem barragem de minério com alto risco

Mogi tem barragem de minério com alto risco
QUA, 02 DE DEZEMBRO DE 2015 00:00
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Pedreira Itapeti, controlada pela Embu S/A Engenharia e Comércio, passou a operar em 1970 e gera cerca de 100 empregos diretos / Foto: Divulgação

Para evitar surpresas desagradáveis e trágicas, como a de Mariana (MG), em que uma barragem de rejeitos rompeu-se resultando na morte de oito pessoas há quase um mês, técnicos das secretarias de Estado de Energia e Mineração, Meio Ambiente, Saneamento e do Departamento Nacional de Produção Mineral vão vistoriar barragens paulistas. Em Mogi das Cruzes, uma delas, operada pela Embu Engenharia S/A em área usada para extração de granito para brita, tem classificação de dano associado elevado por conta da população nas proximidades, de acordo com relatório do DNPM.

A barragem mineira com problemas pertencia à Mineradora Samarco, empresa que produz bolas de mineiro de ferro usadas na fabricação de ferro. A gestão da marca é feita pela Vale S/A e pela BHP Billiton. A proteção armazenava lama com rejeito da produção de ferro.

O levantamento do DNPM traz duas barragens em Mogi. Uma delas pertence à Empresa de Mineração Horii Ltda., cuja barragem é destinada aos rejeitos de Caulim, minério usado para fabricação de tintas, papéis e cerâmicas. Ela fica em Jundiapeba. Segundo a avaliação feita pelo Departamento, o risco de rompimento e de dano associado (à comunidade próxima) do complexo é baixo. Próximo à barragem passa o Rio Jundiaí, que deságua na represa de mesmo nome usada para captação e posterior abastecimento da Grande São Paulo.

A outra barragem que consta na lista é da Pedreira Itapeti, que fica na região de mesmo nome, controlada pela Embu S/A Engenharia e Comércio, tem classificação de risco de rompimento baixo, mas o dano potencial associado tido como alto. Basicamente, três fatores são levados em consideração para avaliar este quesito: o volume líquido que pode ser armazenado, a existência de população no entorno do empreendimento e os impactos socioeconômicos num eventual caso de rompimento. “Ali é uma região com chácaras, predominantemente rural, mas a avaliação não leva em consideração a densidade (quantidade), mas se há ou não população. É necessário destacar que a manutenção da barragem é constante para evitar qualquer tipo de problema com rompimento. É por isso que a nossa classificação de risco é considerada baixa”, afirmou Marco Antonio de Souza Martins, superintendente da Embu S/A. 

Fonte:O Diário de Mogi