terça-feira, 4 de junho de 2013

Pedidos absurdos Prefeitura não vai mais negociar com grevistas e pode ir à Justiça

Pedidos absurdos
Prefeitura não vai mais negociar com grevistas e pode ir à Justiça
Administração municipal estuda acionar a Justiça para dar fim à greve dos servidores públicos esta semana
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Servidores municipais protestaram ontem, mas a Prefeitura considerou abusivas as reivindicações
O secretário de Gestão de Mogi das Cruzes, Marcos Regueiro afirmou que a administração municipal não vai negociar com o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública de Mogi das Cruzes (Sintap) e até estuda acionar a Justiça para decretar a ilegalidade da greve, caso a paralisação ganhe proporção durante esta semana. O sindicato afirmou que durante o dia de ontem 40% do quadro de funcionários - aproximadamente 1.300 servidores municipais - cruzaram os braços nos setores de assistência social, educação, serviços urbanos e Semae. No entanto, a Prefeitura de Mogi garante que a adesão atingiu apenas 3,4% dos funcionários, o equivalente a 180 pessoas. 
A manifestação começou por volta das 7 horas em frente à Prefeitura. Os sindicalistas exigiam uma reunião com o prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (PSD). Mais tarde, em entrevista coletiva, o secretário de Gestão afirmou que a administração municipal não vai receber o sindicato para novas negociações, já que três reuniões já haviam sido feitas neste ano, e o documento com 37 exigências feitas pela categoria foi considerado abusivo. Hoje, uma nova manifestação deve acontecer em frente à Prefeitura, desta vez com o reforço das professoras municipais. O setor de Recursos Humanos vai descontar dos funcionários que aderirem à greve os dias ausentes no trabalho. 
Entre as solicitações da categoria, está a liberação de 10 funcionários públicos para serviços exclusivos do sindicato, mas que continuem recebendo o salário pela Prefeitura normalmente. Outra exigência é que cada servidor tenha 6 dias de faltas abonadas no ano. "São pedidos que a cidade não tem como comportar. Temos quase 5 mil funcionários públicos. Se cada um puder faltar seis vezes no ano, teremos 30 mil faltas, é um prejuízo para a cidade", destacou o secretário. "Fomos pegos de surpresa com essa greve porque já havíamos conversado com o sindicato", disse o secretário. 
Na escola municipal Guiomar Pinheiro Franco, em César de Souza, os alunos do contraturno escolar do período integral foram dispensados da aula por causa da greve. Nos próximos dias, algumas unidades escolares podem receber a chamada merenda seca, já que a paralisação atinge as Auxiliares de Desenvolvimento em Educação (ADEs), as merendeiras.


Outro lado
O tesoureiro da Sintap, Benedito Francisco de Souza Filho, o Ferrugem, afirmou que a liberação remunerada dos 10 funcionários do sindicato é uma prática comum em outras cidades. "Não há nada de abusivo nos pedidos", declarou.

Fonte:Mogi News