domingo, 16 de junho de 2013

Gargalo Estacionar no centro é tarefa quase impossível

Gargalo
Estacionar no centro é tarefa quase impossível
Mogianos sofrem diariamente, principalmente durante o horário comercial, para parar seus veículos, tanto em locais públicos quanto em particulares
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Erick Paiatto

Vagas públicas nas ruas da região central estão sempre lotadas de carros e os preços dos estacionamentos privados estão subindo
Pagar em média R$ 5 por hora em um estacionamento particular ou dar voltas e voltas em busca de uma vaga na rua. Esse é o dilema vivido diariamente por quem precisa ir ao centro comercial de Mogi das Cruzes. 
O município conta atualmente com 954 vagas controladas pelo sistema de estacionamento rotativo, a Zona Azul. Elas estão espalhadas por 11 ruas, mas o número não é suficiente para atender as milhares de pessoas que vão trabalhar ou fazer compras no município. 
A alternativa de colocar o carro em um estacionamento é cara. O valor inicial é de R$ 5, mas o preço da hora adicional, após os primeiros 60 minutos, varia de acordo com os estabelecimentos. Na rua Barão de Jaceguai, por exemplo, dois locais cobravam R$ 5 pela primeira hora, porém, em um dos pontos, o período adicional ficava em R$ 2, enquanto em outro era cobrado R$ 1,50. Já na rua Senador Dantas, a hora ficava em R$ 6 e a adicional R$ 4.

As opções citadas, pagar ou rodar os quarteirões, nem chegam a ser possibilidades levantadas pela aposentada Rose de Almeida Castro, de 53 anos. Ela deixa o carro longe do centro, onde não há Zona Azul. 
"Parar por aqui é muito difícil e no particular é muito caro, quase três vezes o valor da rua, então, a opção é vir de carro até onde tem vaga e continuar o trajeto a pé", disse. "E outro problema é a cobrança integral na Zona Azul. Se a gente fica 15 minutos, paga por uma hora. A cobrança deveria ser fracionada", sugeriu.

Rose ainda tem a opção de caminhar, mas ocorre o mesmo com quem vai ao centro com criança de colo, por exemplo, como é o caso do mecânico Evandro Tomé Correa, 32. Ao lado da esposa, Babila Correa, 30, e do filho Lucas, de apenas 9 meses de vida, ele contou que dois motivos fazem com que ele opte pelo estacionamento particular. "Com criança, fica ainda mais difícil parar o carro longe e uma vez tentaram roubar o meu carro. Chegaram a arrombar a porta, mas, por sorte, nada foi levado. Depois desse episódio, eu evito ao máximo deixá-lo na rua", afirmou.

O fator segurança também é o principal motivo que leva o auxiliar de produção Ricardo Cardoso Miho, de 46 anos, a pagar por R$ 5 a primeira hora. "Não perco mais tempo tentando encontrar uma vaga na rua. Além de pagar por um espaço público, ou seja, que sua utilização já deveria estar embutida nos impostos, não há nenhum tipo de garantia que meu carro estará lá quando eu voltar", criticou.

Já o motorista Ademar de Lima Paulino, 40, não teve opção a não ser guardar o carro no estacionamento privado. Ele não encontrou vaga. "Estou com toda a minha família e perderia minutos preciosos ao tentar encontrar um lugar perto da loja onde vou. Entendo que as ruas estreitas dificultam um possível aumento no número de vagas, mas algo precisa ser feito", analisou.

Fonte:Mogi News